Economia

Beneficiados com o bônus da conta de água cai 33%

Desde que o Cantareira deixou de operar no volume morto, os clientes da Sabesp precisam consumir 22% menos água para manter o mesmo benefício na fatura


	Sabesp: desde que o Cantareira deixou de operar no volume morto, os clientes da Sabesp precisam consumir 22% menos água para manter o mesmo benefício na fatura
 (Pedro França/Agência Senado)

Sabesp: desde que o Cantareira deixou de operar no volume morto, os clientes da Sabesp precisam consumir 22% menos água para manter o mesmo benefício na fatura (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 12h14.

São Paulo - O número de consumidores na Grande São Paulo que receberam desconto na conta por economia de água caiu 33% em fevereiro, conforme os dados divulgados nesta segunda-feira, 7, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Foi o primeiro balanço do programa de bônus após a mudança nas regras, que dificultou a concessão do incentivo, lançado em fevereiro de 2014.

Desde janeiro deste ano, depois que o Sistema Cantareira deixou de operar no volume morto, os clientes da Sabesp precisam consumir 22% menos água para manter o mesmo benefício na fatura.

A medida foi aprovada no dia 23 de dezembro pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e deve diminuir as perdas de receita da Sabesp com o bônus - R$ 1,38 bilhão de "renúncia" desde o início do programa.

Segundo a Sabesp, o número de clientes que receberam entre 10%, 20% e 30% de desconto na conta por economia de água caiu de 66% em janeiro para 44% no mês passado.

Enquanto isso, o total de consumidores que continuaram gastando menos água do que antes da crise, mas não tiveram bônus, subiu de 11% para 33%.

Os dados mostram ainda que o volume economizado pelos cerca de 20 milhões de clientes da Grande São Paulo caiu de 5,6 mil para 5,2 mil litros por segundo.

Apesar disso, o número de consumidores que gastaram mais água em fevereiro do que a média antes da crise ficou estável em 23%. Já os clientes multados por gastar mais água chegaram a 15%, índice recorde desde o início da sobretaxa de até 50% na conta, em janeiro de 2015.

"Estamos em uma situação mais tranquila, porém precisamos continuar com as medidas de gestão de recursos hídricos e conservação de água", afirma Antonio Eduardo Giansante, professor de Engenharia da Universidade Mackenzie.

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