Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira: queda acontece mesmo após volume de chuvas ter ultrapassado média prevista para o mês (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2014 às 11h04.
São Paulo - O índice que mede o volume de água armazenado no Sistema Cantareira caiu 0,1 ponto porcentual nesta segunda-feira, para 13,4% da capacidade, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Essa é pior marca já registrada desde o início da operação do sistema, em 1974.
A queda acontece mesmo após o volume de chuvas ter ultrapassado a média prevista para o mês. Ao longo do final de semana, choveu pouco mais de 20 milímetros sobre a região do Cantareira (na divisa entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais).
Com isso, a pluviometria acumulada no mês de março chegou a 193,3 mm, volume 5% superior à média histórica de 184,1 mm.
Já o sistema Alto Tietê, que desde janeiro passou a abastecer parte da zona leste da capital paulista, antes atendida pelo Cantareira, apresentou uma ligeira recuperação, passando de 37,4% para 37,6%.
Visando garantir o abastecimento de água na Grande São Paulo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e a diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena, anunciaram há pouco a ampliação da área contemplada pelo programa de descontos nas tarifas de água e esgoto.
O bônus de 30% na conta, que era voltado exclusivamente às regiões abastecidas pelo sistema Cantareira, passa a valer para todos os 31 municípios da região metropolitana atendidos pela concessionária.
A meta é ampliar a economia de água gerada pelo benefício. Hoje, o programar reduziu o consumo em 4 metros cúbicos por segundo. Segundo Dilma, com a ampliação do bônus, a expectativa é chegar a uma diminuição de 6 m?/s.