Economia

Não há solução para excedente de aço no mundo, diz IABr

A estimativa é de que havia 570 milhões de toneladas de aço em excesso no mundo em 2013


	Produção de aço em uma siderúrgica em Serra, no Espírito Santo
 (Rich Press/Bloomberg)

Produção de aço em uma siderúrgica em Serra, no Espírito Santo (Rich Press/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 18h05.

Rio - Não há solução de curto prazo para o excedente de aço no mundo, afirmou nesta quarta-feira, 26, o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil (IABr), Benjamin Mário Baptista Filho.

A estimativa é de que havia 570 milhões de toneladas de aço em excesso no mundo em 2013.

Discussões têm sido levadas à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para tentar chegar a uma solução, mas há obstáculos, reconheceu o executivo.

"A China não faz parte da OCDE. Então, a discussão está sendo feita por outros países, não pelo principal", disse Baptista Filho. Das 570 milhões de toneladas excedentes no ano passado, 280 milhões vinham da economia chinesa.

A aposta, porém, é que a desaceleração da China contribua para acelerar o processo de fechamento de siderúrgicas no país.

Além do mercado externo, o cenário interno também é difícil, afirmou o presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

"O cenário interno também é preocupante. Economia está estagnada, ninguém compra, ninguém vende e ninguém investe. Vive-se aqui tecnicamente um processo de recessão. Nós do setor de aço achamos que tem como pano de fundo ainda a necessidade de retomar confiança no País para que se possa avançar", afirmou.

Segundo Lopes, o consumo de aço evolui junto com o desenvolvimento econômico.

"Nós estamos falando de uma projeção de PIB de 0,18% no ano que vem. Para que haja um processo de recuperação (da indústria do aço), é preciso que se caminhe para um crescimento do mercado interno", acrescentou.

Nesta quarta, o IABr revisou suas projeções para este ano. A estimativa é de que a produção avance 0,1% ante 2013, enquanto as vendas internas devem recuar 8,9%. O consumo aparente deve diminuir 6,4%.

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