Economia

Não há previsão de novo socorro às distribuidoras, diz Aneel

O presidente da Aneel, Romeu Rufino, sinalizou com uma possível ampliação do empréstimo feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)


	Energia elétrica: após leilão realizado na semana passada, distribuidoras ainda têm uma exposição ao mercado de curto prazo de 350 megawatts médios (MW)
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Energia elétrica: após leilão realizado na semana passada, distribuidoras ainda têm uma exposição ao mercado de curto prazo de 350 megawatts médios (MW) (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 15h31.

Rio - O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou que não há previsão de um novo socorro para as distribuidoras em relação a um impacto de R$ 1,5 bilhão no fluxo de caixa das empresas.

Esse valor é relativo à diferença entre o preço médio negociado no leilão da semana passada, de R$ 268 por megawatt-hora, e o preço atual na carteira das distribuidores, que varia entre R$ 110 e R$ 150 por megawatt-hora.

A diferença vai ser repassada aos consumidores nos reajustes das distribuidoras ao longo de um ano (maio de 2014 a abril de 2015).

Ele sinalizou, porém, com uma possível ampliação do empréstimo feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), de R$ 11,2 bilhões, para as distribuidoras, com relação especificamente à exposição ao mercado de curto prazo.

Após o leilão realizado na semana passada, as distribuidoras ainda têm uma exposição ao mercado de curto prazo de 350 megawatts médios (MW).

"Essa exposição foi quase toda contratada e eliminada", afirmou, após palestra no 11º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico.

Segundo o diretor, a solução da exposição foi o empréstimo. "Se esse volume de recursos não for suficiente, vamos buscar uma complementação para cobrir isso", disse.

Do volume total de empréstimo, o diretor afirmou que R$ 4,7 bilhões foram usados em abril para a liquidação das operações de fevereiro e R$ 3,3 bilhões estão separados para a liquidação de março, paga em maio.

Os outros R$ 3 bilhões devem ser usados na liquidação de abril, o que irá ocorrer em junho.

O diretor ressaltou, porém, que não se sabe ainda quanto será apurado em abril para ser liquidado em junho. "Não posso dizer que vamos ter todo o recurso remanescente para a liquidação de junho".

Quarto ciclo

Sobre o quarto ciclo de revisão tarifária, que começará em 2015, Rufino afirmou que a agência já está trabalhando na elaboração das regras e uma audiência pública sobre o assunto deve ser realizada antes de agosto.

Rufino acrescentou que a Aneel está trabalhando para finalizar a metodologia antes da revisão na primeira distribuidora, que ocorrerá em abril do ano que vem pela Coelce, do Ceará. A metodologia não estava pronta no início do ciclo atual.

Ele disse ainda que será priorizada a melhoria da qualidade do serviço das distribuidoras. "Modicidade tarifária é importante, mas talvez tenhamos de dar um peso maior na qualidade do serviço".

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