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Não tem fórmula mágica para reduzir carga tributária, diz Alckmin

Na abertura do EXAME Fórum sobre pequenas e médias empresas, governador de São Paulo afirma que Brasil vive o dilema de uma carga tributária alta, sem capacidade de investir

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

O Brasil vive um grande dilema. De uma carga tributária de 14%, em 1945, passou para 37%, o dobro da praticada no México e no Chile e quase o triplo da venezuelana. E o pior: além de estimular a economia informal, o governo continua sem dinheiro para investir. "Em alguns setores o joio mata o trigo, porque a informalidade vence os empresários regularmente estabelecidos", diz Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.

Para desatar esse nó, diz Alckmin, será preciso um ajuste fino. "Não há uma fórmula só. Será preciso uma cesta de medidas de eficiência do gasto público." Com a sinalização, no médio prazo, de uma relação dívida/PIB declinante, não será preciso juros tão altos. "Cada 1 ponto de juros representa gasto de 8 bilhões de reais", afirma Alckmin.

Simples

Em São Paulo, diz o governador, 618 mil microempresas estão enquadradas no programa Simples, pelo qual recebem isenções de ICMS. Recentemente, as faixas de isenção foram mantidas mesmo quando o faturamento excede os limites. Ou seja, se uma empresa fatura 300 mil reais em um ano, por exemplo, continua sem pagar ICMS sobre 240 mil. "O limite era um desestímulo para as empresas crescerem, e queremos que elas cresçam", afirma Alckmin.

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