Economia

Mundo enfrenta "perigoso coquetel" econômico, afirma OCDE

Segundo o secretário-geral da organização, esse coquetel mistura crescimento frágil e desemprego persistente


	O secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría: "como nos coquetéis de James Bond, quando você sacode tudo, encontra uma mistura perigosa"
 (Andreas Solaro/AFP)

O secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría: "como nos coquetéis de James Bond, quando você sacode tudo, encontra uma mistura perigosa" (Andreas Solaro/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 11h21.

Nova Délhi - A economia mundial enfrenta um "perigoso coquetel" que mistura crescimento frágil e desemprego persistente, afirmou o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, após as previsões pouco otimistas da organização sobre as grandes economias.

"Há um problema de desemprego forte, sobretudo entre os jovens, com desigualdades crescentes e um crescimento frágil, em alguns casos inclusive uma contração do crescimento", disse Gurría em uma conferência da OCDE em Nova Délhi.

"Como nos coquetéis de James Bond, quando você sacode tudo, encontra uma mistura perigosa", afirmou.

Os países da OCDE têm 50 milhões de desempregados, 15 milhões a mais que em 2008, recordou Gurría, antes de lamentar que "cinco anos depois do início da crise continuamos do mesmo jeito".

O índice de desemprego na Grécia está em um nível recorde de 25,1%, enquanto a Espanha registra 24,6%.

Segundo o secretário-geral da OCDE, as divergências entre ricos e pobres é a mais importante em 30 anos, o que provoca uma perda de confiança na capacidade dos governos para voltar ao crescimento.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoCrises em empresasDesempregoDesenvolvimento econômico

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto