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Novo aeroporto vai acalmar Congonhas, diz Moreira Franco

Ministro afirmou que, para estimular aeroportos dedicados à aviação executiva, governo autorizou construção de aeroportos privados focados na aviação geral

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 18h20.

São Paulo - O ministro-chefe da Secretaria Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, defendeu nesta terça-feira, 02, infraestruturas aeroportuárias distintas para a aviação civil e para a aviação geral, para evitar a concorrência entre os dois segmentos.

"Não faz sentido ter a mesma infraestrutura (para a aviação executiva e a comercial)", disse, lembrando que um slot (horário de pouso e decolagem) serve com a mesma intensidade e custo a aviação comercial e a geral, sendo que um avião comercial leva 150 a 200 pessoas enquanto uma aeronave executiva leva poucas pessoas.

"Não tem cabimento haver concorrência entre aviação geral e comercial por slots", avaliou.

O ministro afirmou que justamente para estimular aeroportos dedicados à aviação executiva que o governo autorizou a construção de aeroportos privados focados na aviação geral, executiva.

Moreira Franco lembrou que o governo já concedeu autorização a alguns aeroportos privados e analisa pedidos de outros empreendimentos.

Entre os projetos já autorizados está o Aeroporto Executivo Catarina, do Grupo JHSF, que está em construção em São Roque (SP), que o ministro visitou na manhã de hoje.

No caso específico deste aeroporto paulista, Moreira Franco avaliou que o empreendimento vai reduzir o estresse sobre a infraestrutura do aeroporto de Congonhas, além de potencialmente permitir à Prefeitura de São Paulo que reduza as atividades no Campo de Marte - medida necessária para o desenvolvimento do projeto Arco do Futuro.

"O aeroporto em São Roque vai acalmar Congonhas, que é aeroporto estressado", afirmou.

Questionado se o início das atividades do aeroporto, previsto para o primeiro semestre de 2016, poderia levar a uma mudança na distribuição dos slots da aviação geral no aeroporto de Congonhas, o ministro disse que "não tem decisão" sobre isso, e que é algo que só poderia ser definido diante do fato concreto.

Atualmente, a aviação geral conta com quatro slots por hora em Congonhas.

"Temos ainda alguns anos para esse empreendimento entrar em funcionamento e temos que esperar que haja a possibilidade", comentou.

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