Moody's: agência de classificação de risco de crédito disse nesta quarta-feira que as tarifas propostas pelos Estados Unidos terão impacto direto limitado sobre a economia chinesa (Mike Segar/Reuters)
Reuters
Publicado em 11 de abril de 2018 às 09h49.
As agências globais de classificação de risco Moody's Investors Service e Fitch Ratings disseram nesta quarta-feira que as tarifas propostas pelos Estados Unidos terão impacto direto limitado sobre a economia chinesa e que uma solução negociada é mais provável.
O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu na terça-feira abrir ainda mais a economia e reduzir as tarifas sobre produtos, incluindo carros, em um discurso visto como uma conciliação em meio a crescentes tensões comerciais entre as duas principais economias.
A Moody's disse que espera que os EUA e a China evitem uma escalada significativa em suas disputas comerciais, devido ao impacto negativo que as restrições terão nas duas economias.
"O comércio teve uma contribuição menor para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China nos últimos anos e, combinado com uma estrutura comercial em transformação, a vulnerabilidade direta da China a potenciais choques comerciais diminuiu", disse a Moody's em um relatório.
Na semana passada, Washington ameaçou a China com tarifas sobre 50 bilhões de dólares em produtos chineses com o objetivo de fazer Pequim lidar com o que Washington diz ser roubo de propriedade intelectual e transferência forçada de tecnologia de empresas dos EUA para concorrentes chineses.
"As medidas comerciais atualmente implementadas dos EUA afetarão apenas uma porção relativamente pequena das exportações chinesas para os EUA, e esperamos que elas tenham um efeito direto, mas contido, sobre a economia da China", disse a Moody's.
A Fitch disse que uma guerra comercial entre os países pode criar riscos para as empresas na região da Ásia-Pacífico.
O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou a China na segunda-feira por manter tarifas de importação de automóveis de 25 por cento, contra 2,5 por cento dos EUA, e chamando tal relação com a China não de livre comércio, mas de "comércio estúpido".