Economia

Moody's revê projeção de PIB do País de 1,8% para 1,3%

Agência apontou a desaceleração dos investimentos, o fraco consumo e a piora do sentimento de empresários e famílias como culpadas


	Sede da Moody's em Nova York
 (Stan Honda/AFP)

Sede da Moody's em Nova York (Stan Honda/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 19h02.

São Paulo - A desaceleração dos investimentos, o fraco consumo e a piora do sentimento de empresários e famílias geram um ciclo vicioso que faz com que as previsões de crescimento de curto e médio prazos no Brasil sejam continuamente rebaixadas, apontou a Moody's em relatório distribuído a clientes.

Neste contexto, a agência internacional de rating reduziu suas previsões pare o PIB do País relativas a este ano, de 1,8% para 1,3%, e para 2015, de 2% para 1,5%.

O texto foi produzido por Mauro Leos, vice-presidente, Petar Atanasov, analista associado, e Bart Oosterveld, diretor geral para crédito soberano.

"Na nossa opinião, a interação entre as expectativas e o desempenho da economia estão criando um ciclo vicioso, no qual cada um afeta o outro", aponta o relatório.

"O desempenho fraco da economia se traduz num sentimento de mercado ainda mais negativo, que leva a investimentos e gastos do consumidor mais fracos, e assim por diante."

Segundo os especialistas da Moody's, "o governo não pode quebrar este ciclo" negativo devido a dois fatores: um deles é limitada capacidade de adotar medidas fiscais e monetárias apropriadas, devido aos níveis "relativamente elevados" de dívida pública e de inflação.

Um outro elemento muito relevante são as crescentes reservas de investidores sobre a "capacidade das autoridades" de adotar ações que vão atacar de frente as principais questões econômicas, tais como crescimento, inflação, problemas fiscais.

E isso está relacionado com o baixo nível de eficiência das medidas de política econômica adotadas nos últimos anos.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoIndicadores econômicosMoody'sPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação