Economia

Montadoras dos EUA pedem regra contra manipulação cambial

Conselho Americano de Política Automotiva disse que países deveriam se comprometer a não manipular suas taxas para obter vantagens

Fileira de SUVs Explorer e Escape, da Ford, em exposição em uma das instalações da montadora em East Peoria, Illinois (Daniel Acker/Bloomberg)

Fileira de SUVs Explorer e Escape, da Ford, em exposição em uma das instalações da montadora em East Peoria, Illinois (Daniel Acker/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 16h03.

Washington - As fabricantes norte-americanas de veículos fizeram pressão nesta quinta-feira para que regras contra a manipulação cambial sejam incluídas em um ambicioso acordo comercial a ser negociado entre os Estados Unidos e outros 11 países do banhados pelo oceano Pacífico.

O Conselho Americano de Política Automotiva, que representa a Chrysler, a Ford e a General Motors, disse que os países participantes deveriam se comprometer a não manipular suas taxas de câmbio para obter de forma desleal vantagens competitivas.

Montadoras dos EUA temem que concorrentes japonesas possam ganhar vantagem no mercado norte-americano, especialmente se as restrições comerciais forem afrouxadas no âmbito da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês), que os negociadores esperam finalizar nos próximos meses.

"Até mesmo os pactos comerciais mais promissores podem ser prejudicados por manipulação da moeda", afirmou Matt Blunt, presidente do Conselho, em uma teleconferência com repórteres. "O acordo final da TPP deve incluir fortes e exequíveis disciplinas cambiais, que permitam que mercados, e não a intervenção do governo, atuem na definição das taxas de câmbio." Entre os países que negociam a TPP estão México, Chile, Canadá, Austrália e Malásia, juntamente com o Japão e os Estados Unidos. Um acordo final estabelecerá um bloco de livre comércio que se estende por uma região que representa quase 40 por cento da economia global e é habitada por cerca de 800 milhões de pessoas.

As novas exigências representam desafios adicionais para o acordo comercial que a administração do presidente norte-americano, Barack Obama, pretendia finalizar antes do fim do ano passado.

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