MME e Eletrobras confirmam Belo Monte e apostam em 2 consórcios
Presidenet da Eletrobrás confirmou que 10 empresas aderiram ao chamado público da estatal para parcerias visando o leilão
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2010 às 18h11.
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, e o presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz, disseram nesta segunda-feira que estão confiantes de que o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte será realizado no próximo dia 20, com a presença de dois consórcios.
Na entrada do Ministério de Minas e Energia em Brasília, Muniz confirmou à Reuters que 10 empresas aderiram ao chamado público da estatal para parcerias visando o leilão, mas ainda não há uma configuração definitiva.
"Tem uma equipe própria que está cuidando desse negócio dos consórcios, eu hoje não falei com eles, de forma que eu não tenho essa informação", explicou Muniz, informando que se reúne nesta segunda-feira com o diretor de engenharia da empresa, Valter Luiz Cardeal, responsável pelas parcerias da estatal.
O governo tenta agrupar os interessados em dois consórcios para garantir a disputa e com isso tentar reduzir o preço de 83 reais o megawatt-hora estipulado para o empreendimento, valor considerado baixo pelos investidores.
Um pouco antes de Muniz, o ministro de Minas e Energia havia também informado à Reuters que a Eletrobras era a responsável pelos consórcios e que o leilão estava confirmado.
"A Eletrobras é que está fazendo a seleção, porque ela participa... De resto o leilao está (confirmado). E a gente espera que dê dois consórcios", disse Zimmermann, sem dar detalhes.
Fundos
Sobre uma eventual participação dos fundos de pensão na disputa, Muniz lembrou que normalmente os fundos entram nos leilões, mas que não tinha informação de qual poderia estar fazendo consórcio.
"Normalmente participam, mas eu não estou coordenando esse trabalho. Esse é um trabalho que tem a equipe própria aí de governo trabalhando, nós vamos aguardar", disse o executivo.
Na semana passada, o Ministério Público do Pará abriu duas ações contra o licenciamento de Belo Monte, mas até o momento não houve resposta da Justiça.