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Missão brasileira sobre carnes voltará à Rússia

Os importadores anunciaram semana passada que, a partir do próximo dia 16, as compras de 85 plantas frigoríficas do Brasil serão desabilitadas

De acordo com o ministro, um acordo foi feito entre os dois países numa primeira missão realizada ao final de abril (Matt Cardy/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 20h30.

Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta segunda-feira, 6, que o Brasil enviará uma nova missão à Rússia em no máximo 15 dias para tentar reverter o mal-estar entre os dois países na questão da importação de carnes brasileiras. Na última quinta-feira, os importadores anunciaram que, a partir do próximo dia 16, as compras de 85 plantas frigoríficas do Brasil serão desabilitadas.

Essa missão, de acordo com Rossi, dará garantia de que o governo vai melhorar os exames laboratoriais feitos no produto nacional e que o setor privado também incrementará a fiscalização de suas fábricas conforme a exigência do país. O ministro deu essas afirmações após reunião com o setor privado e com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que contou com a participação do ministro Fernando Pimentel, e do Itamaraty.

"Fizemos uma agenda e vamos cumpri-la religiosamente. Não podemos antecipar perdas, mas também seremos firmes com o maior cliente da área", disse Rossi. Ao mesmo tempo, o corpo diplomático tentará reverter o prazo dado pelos russos por meio de um documento que também contará com as garantias. "Temos que fazer a lição de casa e tentar reverter essa relação estressada com a Rússia", comentou.

De acordo com o ministro, um acordo foi feito entre os dois países numa primeira missão realizada ao final de abril, mas o cronograma acertado foi menosprezado com essa data limite anunciada na semana passada. Rossi disse que o governo brasileiro pedirá um "prazo certo" para que as demandas do importador sejam atendidas. A principal preocupação é com o setor de suínos.

"Não queremos que o cronograma que já existia seja atropelado; queremos o nosso cronograma mais elástico para superar essa crise sem traumas", disse o ministro. Rossi disse ser necessário que cada um reconheça a importância de se fazer a sua parte. Ele disse, por exemplo, que os russos pedem exames específicos, de substâncias que nunca apareceram no Brasil e que o País nunca apresentou. Agora, a ideia é fornecer esses dados aos importadores. "Algumas pessoas achavam que a gente deveria bombardear Moscou, mas esse seria um gesto tresloucado e decidimos que passaremos a atender os pedidos da Rússia", disse.

O ministro evitou justificar a ação dos russos com o pleito do país em fazer parte da Organização Mundial do Comércio (OMC). Esse assunto, segundo ele, se realmente existir, deve ser tratado separadamente. "É muito comum no mercado internacional alegações sanitárias terem objetivo comercial. Não sei se é o caso, mas temos que fazer a lição de casa".

Para o ministro, o governo tem condições de fiscalizar cada uma das plantas embargadas até que a missão se desloque para a Rússia. "Temos fiscais em todas as regiões do País e há um ditado antigo que diz que o comprador tem sempre razão", considerou. No ano passado, as exportações brasileiras para a Rússia somaram US$ 4,064 bilhões, das quais US$ 1,999 bilhão foram de venda de carnes.

Num primeiro momento, o ministro não deve integrar a missão. Segundo ele, sua agenda internacional prevê apenas a participação de um encontro do G-20 na Europa e as eleições da FAO.

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Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta segunda-feira, 6, que o Brasil enviará uma nova missão à Rússia em no máximo 15 dias para tentar reverter o mal-estar entre os dois países na questão da importação de carnes brasileiras. Na última quinta-feira, os importadores anunciaram que, a partir do próximo dia 16, as compras de 85 plantas frigoríficas do Brasil serão desabilitadas.

Essa missão, de acordo com Rossi, dará garantia de que o governo vai melhorar os exames laboratoriais feitos no produto nacional e que o setor privado também incrementará a fiscalização de suas fábricas conforme a exigência do país. O ministro deu essas afirmações após reunião com o setor privado e com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que contou com a participação do ministro Fernando Pimentel, e do Itamaraty.

"Fizemos uma agenda e vamos cumpri-la religiosamente. Não podemos antecipar perdas, mas também seremos firmes com o maior cliente da área", disse Rossi. Ao mesmo tempo, o corpo diplomático tentará reverter o prazo dado pelos russos por meio de um documento que também contará com as garantias. "Temos que fazer a lição de casa e tentar reverter essa relação estressada com a Rússia", comentou.

De acordo com o ministro, um acordo foi feito entre os dois países numa primeira missão realizada ao final de abril, mas o cronograma acertado foi menosprezado com essa data limite anunciada na semana passada. Rossi disse que o governo brasileiro pedirá um "prazo certo" para que as demandas do importador sejam atendidas. A principal preocupação é com o setor de suínos.

"Não queremos que o cronograma que já existia seja atropelado; queremos o nosso cronograma mais elástico para superar essa crise sem traumas", disse o ministro. Rossi disse ser necessário que cada um reconheça a importância de se fazer a sua parte. Ele disse, por exemplo, que os russos pedem exames específicos, de substâncias que nunca apareceram no Brasil e que o País nunca apresentou. Agora, a ideia é fornecer esses dados aos importadores. "Algumas pessoas achavam que a gente deveria bombardear Moscou, mas esse seria um gesto tresloucado e decidimos que passaremos a atender os pedidos da Rússia", disse.

O ministro evitou justificar a ação dos russos com o pleito do país em fazer parte da Organização Mundial do Comércio (OMC). Esse assunto, segundo ele, se realmente existir, deve ser tratado separadamente. "É muito comum no mercado internacional alegações sanitárias terem objetivo comercial. Não sei se é o caso, mas temos que fazer a lição de casa".

Para o ministro, o governo tem condições de fiscalizar cada uma das plantas embargadas até que a missão se desloque para a Rússia. "Temos fiscais em todas as regiões do País e há um ditado antigo que diz que o comprador tem sempre razão", considerou. No ano passado, as exportações brasileiras para a Rússia somaram US$ 4,064 bilhões, das quais US$ 1,999 bilhão foram de venda de carnes.

Num primeiro momento, o ministro não deve integrar a missão. Segundo ele, sua agenda internacional prevê apenas a participação de um encontro do G-20 na Europa e as eleições da FAO.

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