Ministros da Economia do G7 alertam sobre perigos da Brexit
O ministro das Finanças do Reino Unido "pediu aos seus sócios que digam aos britânicos até que ponto [uma Brexit] é economicamente perigosa"
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2016 às 17h34.
Os ministros da Economia do grupo de potências industrializadas G7 alertaram nesta sexta-feira, no Japão, sobre os perigos que representaria para a economia mundial uma "Brexit", como é chamada a ruptura do Reino Unid o com a União Europeia (UE).
"Claro que falamos da Brexit", disse a jornalistas o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, ao ser perguntado sobre o referendo que os britânicos farão em 23 de junho para dizer se querem, ou não, permanecer no bloco formado atualmente por 28 países.
"Evidentemente, todos [no G7] querem que a Grã-Bretanha permaneça na União Europeia", acrescentou Moscovici, ao concluir o primeiro dos dois dias do encontro em Akiu, uma pequena cidade de águas termais na região de Sendai (nordeste do Japão).
O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, "pediu aos seus sócios que digam aos britânicos até que ponto [uma Brexit] é economicamente perigosa", informou Moscovici.
Incentivos x ajustes
A reativação da economia mundial e a dívida grega tiveram destaque entre as dicussões dos ministros da Economia e presidentes de Bancos Centrais de Japão, país anfitrião, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Canadá, assim como da diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.
Os debates se concentraram na busca por equilíbrio entre políticas monetárias acomodatícias, reativação orçamentária e reformas estruturais, para lograr um crescimento sustentado.
Mesmo que nenhum país reconheça ainda o estímulo orçamentário para alimentar sua economia, não há unanimidade: França e Japão apostam em uma certa flexibilidade, embora devam reduzir seus déficits orçamentários.
A Alemanha é reticente e pede reformas, apesar de parecer "mais flexível do que nos últimos tempos", segundo o ministro francês da Economia, Michel Sapin.
Risco de guerra cambial
O clube dos países ricos também debateu o risco de uma "guerra cambial". Esse risco ressurgiu recentemente, quando Tóquio deixou entrever a possibilidade de uma intervenção nos mercados de câmbio para conter a valorização do iene, que prejudica suas exportações.
Já um dia antes da abertura da reunião, o ministro Sapin excluiu qualquer possibilidade de usar a arma cambial para dar uma vantagem competitiva à sua economia, assegurando que não haverá "guerra de divisas".
A situação da Grécia, ausente do programa oficial, também teve destaque nas discussões. Moscovici garantiu que vê a proximidade de um acordo para reativar o terceiro plano de resgate financeiro do país heleno, bloqueado há vários meses.
O comissário europeu antecipou que as discussões podem ser concluídas na próxima reunião do Eurogrupo (ministros da Economia da zona do euro), que acontece em 24 de maio.
Colocada em primeiro plano pelas revelações dos "Panama Papers", a questão da evasão fiscal será discutida no sábado.
E, embora não haja qualquer declaração comum prevista para o fechamento da reunião, será publicado um plano de ação contra o financiamento do terrorismo, dando continuidade a iniciativas adotadas depois dos atentados de Paris, em 13 de novembro passado.
Os ministros da Economia do grupo de potências industrializadas G7 alertaram nesta sexta-feira, no Japão, sobre os perigos que representaria para a economia mundial uma "Brexit", como é chamada a ruptura do Reino Unid o com a União Europeia (UE).
"Claro que falamos da Brexit", disse a jornalistas o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, ao ser perguntado sobre o referendo que os britânicos farão em 23 de junho para dizer se querem, ou não, permanecer no bloco formado atualmente por 28 países.
"Evidentemente, todos [no G7] querem que a Grã-Bretanha permaneça na União Europeia", acrescentou Moscovici, ao concluir o primeiro dos dois dias do encontro em Akiu, uma pequena cidade de águas termais na região de Sendai (nordeste do Japão).
O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, "pediu aos seus sócios que digam aos britânicos até que ponto [uma Brexit] é economicamente perigosa", informou Moscovici.
Incentivos x ajustes
A reativação da economia mundial e a dívida grega tiveram destaque entre as dicussões dos ministros da Economia e presidentes de Bancos Centrais de Japão, país anfitrião, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Canadá, assim como da diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.
Os debates se concentraram na busca por equilíbrio entre políticas monetárias acomodatícias, reativação orçamentária e reformas estruturais, para lograr um crescimento sustentado.
Mesmo que nenhum país reconheça ainda o estímulo orçamentário para alimentar sua economia, não há unanimidade: França e Japão apostam em uma certa flexibilidade, embora devam reduzir seus déficits orçamentários.
A Alemanha é reticente e pede reformas, apesar de parecer "mais flexível do que nos últimos tempos", segundo o ministro francês da Economia, Michel Sapin.
Risco de guerra cambial
O clube dos países ricos também debateu o risco de uma "guerra cambial". Esse risco ressurgiu recentemente, quando Tóquio deixou entrever a possibilidade de uma intervenção nos mercados de câmbio para conter a valorização do iene, que prejudica suas exportações.
Já um dia antes da abertura da reunião, o ministro Sapin excluiu qualquer possibilidade de usar a arma cambial para dar uma vantagem competitiva à sua economia, assegurando que não haverá "guerra de divisas".
A situação da Grécia, ausente do programa oficial, também teve destaque nas discussões. Moscovici garantiu que vê a proximidade de um acordo para reativar o terceiro plano de resgate financeiro do país heleno, bloqueado há vários meses.
O comissário europeu antecipou que as discussões podem ser concluídas na próxima reunião do Eurogrupo (ministros da Economia da zona do euro), que acontece em 24 de maio.
Colocada em primeiro plano pelas revelações dos "Panama Papers", a questão da evasão fiscal será discutida no sábado.
E, embora não haja qualquer declaração comum prevista para o fechamento da reunião, será publicado um plano de ação contra o financiamento do terrorismo, dando continuidade a iniciativas adotadas depois dos atentados de Paris, em 13 de novembro passado.