Ministro discute com Doria concessão da Rio-Santos à iniciativa privada
A Rio-Santos será concedida dentro do pacote de renovação da concessão das rodovias com a CCR Nova Dutra, que vencerão nos próximos anos
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 14h21.
Brasília - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) , e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, discutiram nesta quinta-feira, 10, projetos no Estado que, de acordo com o ministro, serão tocados a "quatro mãos".
Sem recursos públicos disponíveis, os dois governos correm para passar rapidamente à iniciativa privada a construção do Ferroanel, a concessão da rodovia Rio-Santos (BR-101) e o projeto do trem de passageiros Intercidades. "Os projetos serão feitos com recursos privados", afirmou o ministro.
A ideia é que a construção do Ferroanel seja a contrapartida para a renovação do contrato da MRS, discussão que já vinha acontecendo no governo do ex-presidente Michel Temer.
Já a Rio-Santos será concedida dentro do pacote de renovação da concessão das rodovias hoje com a CCR Nova Dutra, que vencerão nos próximos anos.
"É uma rodovia muito importante para o turismo, não faz sentido que uma rodovia dessa importância não esteja concedida e operada pelo setor privado", completou Doria.
No caso do trem Intercidades - projeto para ligar a capital paulista com cidades do interior, o ministro informou que será uma licitação privada para que o transporte de passageiros possa ser feito com o compartilhamento de linhas que já existem no transporte de cargas.
Segundo Doria, já foram formados grupos de trabalho para discutir os projetos e novas reuniões serão feitas ainda em janeiro. Antes de partir para reunião com o presidente Jair Bolsonaro, ele destacou a forma "objetiva e acelerada" que o novo governo tratou os assuntos. "Em outras circunstâncias, uma reunião desse tipo talvez fosse muito lenta. A orientação do ministro nos deixou animados, com prazos determinados."
Pelo Twitter, o governador paulista destacou na manhã desta quinta a "integração total entre governo federal e governo de São Paulo pelo desenvolvimento do nosso Estado".