Economia

Ministro da França reduz previsão de crescimento

Pierre Moscovici afirmou que as tendências apontam "que o crescimento será fraco ou haverá estagnação, entre -0,1% e +0,1%"


	Pierre Moscovici: "A economia francesa saiu da recessão e vive uma recuperação que deve ser duradoura, cada vez mais forte e criadora de emprego", destacou o ministro
 (REUTERS/Benoit Tessier)

Pierre Moscovici: "A economia francesa saiu da recessão e vive uma recuperação que deve ser duradoura, cada vez mais forte e criadora de emprego", destacou o ministro (REUTERS/Benoit Tessier)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2013 às 10h03.

Paris - O ministro da Economia francês, Pierre Moscovici, revisou para baixo neste sábado as previsões de crescimento para 2013, mas adiantou que todos os indicadores apontam que o país já saiu da recessão.

Em uma entrevista aos jornais "Corse Matin", "Nice Matin" e "Var Matin", Moscovici disse que, embora as previsões oficiais não serão divulgadas até 25 de setembro, por ocasião da apresentação dos orçamentos, as tendências apontam "que o crescimento será fraco ou haverá estagnação, entre -0,1% e +0,1%".

O Governo previa até agora um crescimento da ordem de 0,1% para este ano, mas o importante, segundo o ministro, é que "a tendência se inverteu". De acordo com ele, após dois trimestres no negativo, no final de 2012 e no começo de 2013, espera-se para o segundo trimestre e para o terceiro números positivos.

O Instituto Nacional de Estatística (INSEE) publicará na próxima quarta-feira os dados sobre a atividade econômica entre abril e junho, e o Banco da França estimou nesta semana que o PIB avançará um 0,1% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2012.

"A economia francesa saiu da recessão e vive uma recuperação que deve ser duradoura, cada vez mais forte e criadora de emprego", destacou o ministro.

Na opinião de Moscovici, o saneamento das estruturas econômicas francesas, "indispensável após cinco anos de crise e de gestão de (Nicolas) Sarkozy", junto com a política de desalavancagem e a mão estendida às empresas, "criaram bases sãs para permitir que a competitividade seja reforçada e as finanças públicas se consolidem".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia francesa retroceda 0,2% neste ano e que avance 0,8% em 2014. 

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