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Minas Gerais terá crédito de US$ 150 milhões do BID

Estimativa é de beneficiar 200 municípios com o dinheiro, cada um deles com acesso a até R$ 5 milhões

Dinheiro:  empréstimo tem duração de sete anos, com dois anos de carência (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 12h32.

São Paulo - O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) assinou contrato de empréstimo de US$ 150 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar projetos de investimento na infraestrutura municipal.

O empréstimo tem duração de sete anos, com dois anos de carência, e foi tomado ao custo semestral da taxa Libor somada a um spread de 2,25%, ou 2,57% (considerando a Libor a 0,32%).

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O diretor-executivo do BDMG, João Antônio Fleury, explicou que o banco negocia esta linha desde a reunião do BID do ano passado, realizada no Panamá, para completar as necessidades de funding da carteira de projetos para municípios e onde havia uma demanda não atendida.

"Nossa estimativa é de que serão beneficiados 200 municípios, cada um deles com acesso a até R$ 5 milhões. Mas nossa previsão é de que em média sejam tomados R$ 1,750 milhão por município", afirmou Fleury.

O executivo disse que o custo desse financiamento para o BDMG é inferior ao mercado local e comparou-o ao lançamento mais recente feito de letras financeiras em 2012, no montante total de R$ 350 milhões, à taxa equivalente ao IPCA somado a um spread de 4,14% ao ano para a série de cinco anos.

Os recursos emprestados e geridos pelo BID, são provenientes do próprio banco de fomento e do Fundo Chinês de Cofinanciamento para a América Latina e Caribe - constituído pelo Banco Popular da China (BPC). Fleury disse que essa linha foi formatada especialmente para o BDMG e para esse propósito específico de repasse aos municípios.

"O empréstimo é 'clean', não tem garantia do Estado, tampouco do governo federal, e foi concedido estritamente com base nas avaliações da capacidade financeira do banco e das agências de classificação de risco", disse. O BDMG é grau de investimento pelas agências Standard & Poor's e Moody's.

O repasse será feito por meio de linhas já existentes e que agora recebem o reforço dos recursos tomados junto ao BID. As linhas são o BDMG Saneamento, voltada para projetos de água, esgoto e resíduos sólidos urbanos, e BDMG Urbaniza, para projetos de iluminação pública, drenagem, mobilidade urbana e pavimentação.

Os empréstimos tomados pelos municípios pela linha BDMG Saneamento tem prazo de até 84 meses, com até 12 meses de carência, e remuneram ao banco o IPCA mais spread de 7% ao ano, sendo que para municípios da região de baixo dinamismo, a remuneração cai para IPCA + 5% ao ano.

Já a linha BDMG Urbaniza tem prazo de 72 meses, com até 12 meses de carência à taxa de IPCA somado a spread de 8% ao ano, enquanto para municípios da região de baixo dinamismo a taxa é de IPCA mais 6% a.a.

Esta é a segunda linha fechada este ano com o BID, sendo que a primeira foi para a criação da linha BDMG Acredita, que apoia micro e pequenas empresas recém-constituídas. Com o BID, são três as instituições internacionais que concederam crédito ao BDMG, incluindo o Banco Latino Americano de Desenvolvimento (CAF) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), esta última que destina 50 milhões de euros para iniciativas de impacto positivo para o clima também voltada a municípios.

Ao todo, a carteira de empréstimos para municípios do BDMG soma mais de R$ 1 bilhão, de acordo com Fleury.

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