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Mesmo nos estados mais competitivos, ainda há desafios

Pesquisa da Economist Intelligence Unit indica que indica que os estados com base econômica industrial registraram taxas de crescimento mais fracas em 2012

Oito estados subiram no ranking de 2012, na comparação com o ano anterior: Santa Catarina, Bahia, Mato Grosso, Ceará, Pará, Rio Grande do Norte, Acre e Piauí (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 13h37.

São Paulo – O estado de São Paulo é o mais competitivo do Brasil, segundo estudo da Economist Intelligence Unit. O estado obteve uma pontuação de 77,1, sendo o máximo possível 100, o que indica que ainda há desafios mesmo para os estados mais competitivos do Brasil.

“Mesmo esses estados (os seis primeiros colocados) ainda têm muito espaço para melhora, especialmente quanto ao sistema tributário, burocracia , há muita dificuldade de abrir empresas e muitos desses estados ainda podem se beneficiar de melhorias em infra-estrutura”, disse Robert Wood, pesquisador da The Economist Intelligence Unit.

Wood afirmou que, em 2012, o indicador de crescimento econômico afetou todos os estados, na comparação com 2011. “Um pouco do objetivo do ranking é focar nos problemas locais para melhorar os problemas de competitividade”, disse Luiz Felipe d´Ávila, diretor-presidente do CLP, que patrocina o ranking.

Setor agrícola

O ranking de competitividade dos estados brasileiros indica que os estados com base econômica industrial registraram taxas de crescimento mais fracas em 2012, ao contrário dos impulsionados por agronegócio, comércio e serviços. “Com a queda da atividade econômica no Brasil, os estados que melhor se saíram foram as fronteiras agrícolas”, afirmou D’Ávilla.

D’Ávila citou um estudo do pesquisador Raul Veloso para afirmar que o setor agrícola é o único da economia brasileira que ganhou competitividade nos últimos 20 anos. “Os outros setores deveriam aprender com a agro indústria como ser competitivo”, disse.

“Hoje, a competitividade do Brasil está muito centrada nas atividades agrícolas, ali que se concentra a melhoria de solo, pesquisa...”, disse D’Ávilla. O diretor afirmou que os problemas estruturais que o indicador revela precisam ser atacados. “Falava-se que o problema era o câmbio, a taxa de juros, eles caíram e continuamos pouco competitivos”, disse.


Oito estados subiram no ranking de 2012, na comparação com o ano anterior: Santa Catarina, Bahia, Mato Grosso, Ceará, Pará, Rio Grande do Norte, Acre e Piauí.  Além do Distrito Federal, oito estados caíram: Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Tocantins, Roraima, Maranhão e Amapá.

Desafios

Entre os desafios, o relatório cita o regime tributário.  Somente cinco estados emitiram menos de sete normas tributárias por mês – o que já é um número elevado e impõe um fardo às empresas, segundo Wood. O cumprimento de todas essas regras é complexo para as empresas, “uma empresa estrangeira, que nunca vez negócios no Brasil, fica surpresa quando vem para cá e descobre isso”, disse.

Em apenas três estados é necessário menos de 10 dias para abrir uma empresa. Em seis estados, são necessários mais de 30 dias, segundo o estudo. “O estudo Doing Business do Banco Mundial foi um alerta para muitos estados no Brasil”, disse  Wood.

Wood afirmou que há um atraso na divulgação das estatísticas, o que é um problema quando os investidores observam as taxas de crescimento em diferentes estados.  O pesquisador destacou que os dados de inovação na pesquisa que será divulgada em 2013, por exemplo, podem trazer novidades, em decorrência de dados mais novos do IBGE.

O ranking, lançado em 2011, abrange 26 indicadores econômicos divididos em oito categorias: ambiente político; ambiente econômico; regime tributário e regulatório; políticas para investimentos estrangeiros; recursos humanos; infraestrutura; inovação e sustentabilidade. Com base nesses critérios, os estados recebem pontuação de zero a 100.

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São Paulo – O estado de São Paulo é o mais competitivo do Brasil, segundo estudo da Economist Intelligence Unit. O estado obteve uma pontuação de 77,1, sendo o máximo possível 100, o que indica que ainda há desafios mesmo para os estados mais competitivos do Brasil.

“Mesmo esses estados (os seis primeiros colocados) ainda têm muito espaço para melhora, especialmente quanto ao sistema tributário, burocracia , há muita dificuldade de abrir empresas e muitos desses estados ainda podem se beneficiar de melhorias em infra-estrutura”, disse Robert Wood, pesquisador da The Economist Intelligence Unit.

Wood afirmou que, em 2012, o indicador de crescimento econômico afetou todos os estados, na comparação com 2011. “Um pouco do objetivo do ranking é focar nos problemas locais para melhorar os problemas de competitividade”, disse Luiz Felipe d´Ávila, diretor-presidente do CLP, que patrocina o ranking.

Setor agrícola

O ranking de competitividade dos estados brasileiros indica que os estados com base econômica industrial registraram taxas de crescimento mais fracas em 2012, ao contrário dos impulsionados por agronegócio, comércio e serviços. “Com a queda da atividade econômica no Brasil, os estados que melhor se saíram foram as fronteiras agrícolas”, afirmou D’Ávilla.

D’Ávila citou um estudo do pesquisador Raul Veloso para afirmar que o setor agrícola é o único da economia brasileira que ganhou competitividade nos últimos 20 anos. “Os outros setores deveriam aprender com a agro indústria como ser competitivo”, disse.

“Hoje, a competitividade do Brasil está muito centrada nas atividades agrícolas, ali que se concentra a melhoria de solo, pesquisa...”, disse D’Ávilla. O diretor afirmou que os problemas estruturais que o indicador revela precisam ser atacados. “Falava-se que o problema era o câmbio, a taxa de juros, eles caíram e continuamos pouco competitivos”, disse.


Oito estados subiram no ranking de 2012, na comparação com o ano anterior: Santa Catarina, Bahia, Mato Grosso, Ceará, Pará, Rio Grande do Norte, Acre e Piauí.  Além do Distrito Federal, oito estados caíram: Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Tocantins, Roraima, Maranhão e Amapá.

Desafios

Entre os desafios, o relatório cita o regime tributário.  Somente cinco estados emitiram menos de sete normas tributárias por mês – o que já é um número elevado e impõe um fardo às empresas, segundo Wood. O cumprimento de todas essas regras é complexo para as empresas, “uma empresa estrangeira, que nunca vez negócios no Brasil, fica surpresa quando vem para cá e descobre isso”, disse.

Em apenas três estados é necessário menos de 10 dias para abrir uma empresa. Em seis estados, são necessários mais de 30 dias, segundo o estudo. “O estudo Doing Business do Banco Mundial foi um alerta para muitos estados no Brasil”, disse  Wood.

Wood afirmou que há um atraso na divulgação das estatísticas, o que é um problema quando os investidores observam as taxas de crescimento em diferentes estados.  O pesquisador destacou que os dados de inovação na pesquisa que será divulgada em 2013, por exemplo, podem trazer novidades, em decorrência de dados mais novos do IBGE.

O ranking, lançado em 2011, abrange 26 indicadores econômicos divididos em oito categorias: ambiente político; ambiente econômico; regime tributário e regulatório; políticas para investimentos estrangeiros; recursos humanos; infraestrutura; inovação e sustentabilidade. Com base nesses critérios, os estados recebem pontuação de zero a 100.

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