Economia

Mesmo com queda, Brasil lidera investimentos externos na AL

Segundo Cepal, valor, “levemente” abaixo do captado em 2012, representa 35% do montante recorde de investimentos na região, de US$ 184,9 bilhões


	Dinheiro: 82% dos fluxos de IED foram destinados às seis principais economias da região (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: 82% dos fluxos de IED foram destinados às seis principais economias da região (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 14h59.

Brasília - Relatório divulgado hoje (29), em Santiago, pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) mostra que Brasil atraiu, no ano passado, US$ 64 bilhões dos investimentos estrangeiros diretos (IED) destinados a esta região.

Segundo a Cepal, o valor, “levemente” abaixo do captado em 2012, representa 35% do montante recorde de investimentos na região, de US$ 184,9 bilhões.

O destaque do relatório Investimento Estrangeiro Direto na América Latina e no Caribe 2013 é México, que dobrou o volume captado do exterior em relação a 2012.

Com isso, o país passou a ser o segundo receptor na região, com US$ 38,3 bilhões no ano passado.

De acordo com o levantamento, 82% dos fluxos de IED foram destinados às seis principais economias da região.

Enquanto o Chile (-29%), a Argentina (-25%) e o Peru (-17) deixaram de atrair investimentos externos, o Panamá (61%) e a Bolívia (35%) passaram a despertar maior interesses de investidores estrangeiros.

O documento revela que a América Central captou 21% mais IED que em 2012, enquanto o Caribe recebeu menos 19%.

Conforme levantamento da Cepal, uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas (ONU), exceto em 2006 e 2009, os investimentos estrangeiros diretos na região vêm crescendo desde 2003 e se mantiveram estáveis em 2011.

Com a previsão de desaceleração econômica mundial neste ano, a Cepal calcula que também haverá queda desse tipo de aplicação em 2015.

O relatório mostra ainda que, em 2013, o setor de serviços recebeu 38% do total de investimentos estrangeiros, enquanto o de manufaturas ficou com 36% e o de recursos naturais, com 26%.

Responsável por quase metade do montante de IED, a Europa foi a região que mais investiu nos países da América Latina e do Caribe, enquanto os Estados Unidos foram o país que mais destinou recursos para a região.

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