Economia

Merkel garantiu ajuda, mas com pressão para reformas

Merkel, candidata à reeleição nas eleições de 22 de setembro, reiterou sua política europeia no em debate com o rival social-democrata Peer Steinbrück


	Chanceler alemã, Angela Merkel: a possibilidade de um terceiro resgate para Atenas é um dos eixos da campanha eleitoral alemã
 (Johannes Eisele/AFP)

Chanceler alemã, Angela Merkel: a possibilidade de um terceiro resgate para Atenas é um dos eixos da campanha eleitoral alemã (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2013 às 17h41.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu neste domingo que a Alemanha continuará apoiando os países europeus em apuros financeiros, mas se negou a exercer uma 'falsa solidariedade' e reforçou que, como governante, seu dever é manter a 'pressão' para que esses Estados avancem nas reformas que necessitam.

Merkel, candidata à reeleição nas eleições de 22 de setembro, reiterou sua política europeia no debate exibido pela TV alemã com o rival social-democrata Peer Steinbrück, que reconheceu a necessidade de políticas de consolidação fiscal em países como a Grécia, mas rejeitou aplicá-las em 'dose mortais'.

A possibilidade de um terceiro resgate para Atenas é um dos eixos da campanha eleitoral alemã e Merkel não descartou que seja necessário, mas se negou a especular a respeito e destacou que ninguém pode saber o volume desse novo pacote de ajuda: 'Dependerá de como a situação se desenvolver na Grécia', disse.

Merkel deixou clara sua aposta pelo euro, que 'garante o bem-estar e o trabalho na Alemanha', e voltou a responsabilizar os social-democratas pelo 'erro' de permitir que a Grécia entrasse na zona do euro sem cumprir todos os requisitos.

Neste contexto a chanceler, que durante toda a campanha insistiu que não haverá uma nova quitação da dívida grega, se negou a exercer uma 'falsa solidariedade' e apostou pelo princípio da 'solidariedade e responsabilidade própria', 'prestação e contraprestação'.

Já Steinbrück lembrou que os países europeus em crise não conseguiram se recuperar apesar das ajudas e criticou que a chanceler se esqueça das políticas em favor do crescimento e da criação de emprego para os jovens.

A Alemanha, ressaltou o candidato social-democrata, foi ajudada 'maciçamente' depois da Segunda Guerra Mundial e tem agora uma 'responsabilidade' com a Europa.

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