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Merkel e Monti conversam sobre crescimento europeu

Líderes expressaram a sintonia entre governos sobre a necessidade de uma maior competitividade da economia europeia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 20h38.

Roma - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disseram nesta terça-feira que apostam no crescimento econômico e na criação de postos de trabalho na União Europeia (UE), uma vez que a fase 'mais aguda' da crise financeira tenha passado.

Em entrevista coletiva ao término de seu encontro em Roma, os líderes expressaram a sintonia entre seus governos sobre a necessidade de uma maior competitividade da economia europeia, mas sem descuidar o objetivo do equilíbrio orçamentário.

Monti acrescentou que 'após firmar o pacto fiscal, é necessário que a UE entre em uma fase na qual preste atenção ao crescimento e à ocupação, principalmente juvenil'.

O chefe do governo italiano disse que encontrou com o Executivo alemão 'fortes consonâncias' no que se refere a uma estratégia europeia para o crescimento econômico e anunciou que no próximo verão os dois Estados realizarão na Itália uma cúpula intergovernamental.

'Decidimos cooperar estreitamente com alguns instrumentos para a política do crescimento, relativos principalmente aos serviços, à inovação, à mobilidade no trabalho e às redes industriais', disse Monti.

Neste sentido, Merkel afirmou que a Europa deverá se concentrar nos próximos anos em três pontos: a competitividade, principalmente perante potências fortes como China e Índia; o mercado de trabalho, especialmente o juvenil, e a consolidação fiscal, para evitar 'o risco do endividamento e da especulação dos mercados'.


Defensora do rigor e do ajuste nas contas públicas, Merkel concentrou grande parte de seu discurso desta terça-feira na recuperação econômica. Seu interlocutor, Monti, é um dos promotores da carta pelo crescimento enviada pelos Executivos de 12 Estados a Bruxelas.

'A crise do euro colocou diante dos nossos olhos as debilidades da Europa e os pontos fracos que é preciso tentar eliminar', disse Merkel, que classificou como 'valentes' as reformas econômicas realizadas por Monti desde que substituiu Silvio Berlusconi em novembro.

Segundo Merkel, 'temos que levar adiante o trabalho iniciado para a Europa do futuro. Itália e Alemanha estão muito unidas: nosso trabalho sobre o crescimento e a ocupação laboral continua porque queremos alcançar objetivos precisos. Temos que dar a todo mundo uma oportunidade de trabalho'.

Monti e Merkel abordaram, além disso, o assunto da chamada 'Tobin tax', a taxa sobre transações financeiras, sobre a qual esperam levar uma proposta comum à Europa antes do fim do mês e para a qual, segundo a chanceler alemã, 'estão sendo exploradas todas as possibilidades'.

Também foi abordada a possibilidade de Monti suceder Jean-Claude Juncker à frente do Eurogrupo. A chanceler alemã disse que é 'muito cedo' para falar sobre a questão e se limitou a dizer que gostou 'muito' do trabalho de Monti na Itália e de Mario Draghi no Banco Central Europeu (BCE).

Os chefes de governo da Itália e Alemanha expressaram, além disso, sua preocupação pelos planos nucleares do Irã e pela crise síria. De acordo com Merkel, é 'alarmantemente triste' que ainda não tenham encontrado uma solução para este conflito.

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Roma - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disseram nesta terça-feira que apostam no crescimento econômico e na criação de postos de trabalho na União Europeia (UE), uma vez que a fase 'mais aguda' da crise financeira tenha passado.

Em entrevista coletiva ao término de seu encontro em Roma, os líderes expressaram a sintonia entre seus governos sobre a necessidade de uma maior competitividade da economia europeia, mas sem descuidar o objetivo do equilíbrio orçamentário.

Monti acrescentou que 'após firmar o pacto fiscal, é necessário que a UE entre em uma fase na qual preste atenção ao crescimento e à ocupação, principalmente juvenil'.

O chefe do governo italiano disse que encontrou com o Executivo alemão 'fortes consonâncias' no que se refere a uma estratégia europeia para o crescimento econômico e anunciou que no próximo verão os dois Estados realizarão na Itália uma cúpula intergovernamental.

'Decidimos cooperar estreitamente com alguns instrumentos para a política do crescimento, relativos principalmente aos serviços, à inovação, à mobilidade no trabalho e às redes industriais', disse Monti.

Neste sentido, Merkel afirmou que a Europa deverá se concentrar nos próximos anos em três pontos: a competitividade, principalmente perante potências fortes como China e Índia; o mercado de trabalho, especialmente o juvenil, e a consolidação fiscal, para evitar 'o risco do endividamento e da especulação dos mercados'.


Defensora do rigor e do ajuste nas contas públicas, Merkel concentrou grande parte de seu discurso desta terça-feira na recuperação econômica. Seu interlocutor, Monti, é um dos promotores da carta pelo crescimento enviada pelos Executivos de 12 Estados a Bruxelas.

'A crise do euro colocou diante dos nossos olhos as debilidades da Europa e os pontos fracos que é preciso tentar eliminar', disse Merkel, que classificou como 'valentes' as reformas econômicas realizadas por Monti desde que substituiu Silvio Berlusconi em novembro.

Segundo Merkel, 'temos que levar adiante o trabalho iniciado para a Europa do futuro. Itália e Alemanha estão muito unidas: nosso trabalho sobre o crescimento e a ocupação laboral continua porque queremos alcançar objetivos precisos. Temos que dar a todo mundo uma oportunidade de trabalho'.

Monti e Merkel abordaram, além disso, o assunto da chamada 'Tobin tax', a taxa sobre transações financeiras, sobre a qual esperam levar uma proposta comum à Europa antes do fim do mês e para a qual, segundo a chanceler alemã, 'estão sendo exploradas todas as possibilidades'.

Também foi abordada a possibilidade de Monti suceder Jean-Claude Juncker à frente do Eurogrupo. A chanceler alemã disse que é 'muito cedo' para falar sobre a questão e se limitou a dizer que gostou 'muito' do trabalho de Monti na Itália e de Mario Draghi no Banco Central Europeu (BCE).

Os chefes de governo da Itália e Alemanha expressaram, além disso, sua preocupação pelos planos nucleares do Irã e pela crise síria. De acordo com Merkel, é 'alarmantemente triste' que ainda não tenham encontrado uma solução para este conflito.

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