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Mercado corta estimativa para Selic e PIB em 2013

Economistas consultados pelo BC esperam que a Selic termine o próximo ano em 10,50% ao ano, ante 10,75% na semana anterior

A perspectiva para o final de 2012 permaneceu em 9,50%, de acordo com a mediana das previsões (Valter Campanato/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 09h49.

São Paulo - O mercado financeiro cortou suas estimativas para a Selic e o crescimento da economia no próximo ano, de acordo com o relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira, mas manteve as estimativas para o IPCA neste ano, no próximo e em 12 meses, bem como a previsão para o juro básico no final de 2012.

Os economistas consultados pelo BC esperam que a Selic termine o próximo ano em 10,50 por cento ao ano, ante 10,75 por cento na semana anterior. A perspectiva para o final de 2012 permaneceu em 9,50 por cento pela nona semana seguida, de acordo com a mediana das previsões.

"O mercado passou a considerar que a Selic subirá menos... frente às sinalizações recentes de que este BC parece mais propenso a utilizar instrumentos alternativos à taxa de juros (como os compulsórios e as macroprudenciais) para controlar a demanda", afirmou em relatório a equipe de analistas da LCA Consultores.

Os agentes diminuíram o prognóstico para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 para 4,10 por cento, frente à taxa de 4,20 por cento no Focus da semana passada. A estimativa para o crescimento da economia neste ano ficou estável em 3,30 por cento.

Inflação e câmbio

O Focus mostrou ainda estabilidade nas previsões para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, em 5,29 por cento. Também não houve mudanças nos prognósticos para 2013 e em 12 meses - 5,00 por cento (11ª semana consecutiva) e 5,30 por cento (terceira semana seguida), respectivamente.

O IPCA é o índice que baliza o regime de metas de inflação do governo. O índice subiu 0,56 por cento em janeiro e, em 12 meses, acumulou alta de 6,22 por cento, segundo informou na sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual acumulado em 12 meses desacelerou em relação a dezembro, quando ficou em 6,50 por cento.

A perda de força na inflação corrobora a visão do BC de que a inflação caminha para o centro da meta, repetida na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a Selic foi cortada em mais 0,5 ponto percentual, para 10,50 por cento.


Também na sexta-feira, o diretor de Política Econômica da autoridade, Carlos Hamilton Araújo, afirmou que o Banco Central já estima que a inflação deste ano vai ficar no centro da meta oficial, de 4,5 por cento, e abaixo da sua previsão de até então, de 4,7 por cento pelo IPCA.

Ele acrescentou que, mesmo com esse cenário, ainda não há horizonte para a concretização da taxa básica de juros em um dígito, mas disse que esse momento deve chegar.

A previsão para a taxa de câmbio no final de 2012 permaneceu em 1,75 real por dólar. Para o fim de 2013, a estimativa foi mantida em 1,75 real por dólar pela décima semana consecutiva. O dólar encerrou a sexta-feira com desvalorização acumulada de 7,59 por cento no ano, a 1,7266 real.

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Os economistas consultados pelo BC esperam que a Selic termine o próximo ano em 10,50 por cento ao ano, ante 10,75 por cento na semana anterior. A perspectiva para o final de 2012 permaneceu em 9,50 por cento pela nona semana seguida, de acordo com a mediana das previsões.

"O mercado passou a considerar que a Selic subirá menos... frente às sinalizações recentes de que este BC parece mais propenso a utilizar instrumentos alternativos à taxa de juros (como os compulsórios e as macroprudenciais) para controlar a demanda", afirmou em relatório a equipe de analistas da LCA Consultores.

Os agentes diminuíram o prognóstico para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 para 4,10 por cento, frente à taxa de 4,20 por cento no Focus da semana passada. A estimativa para o crescimento da economia neste ano ficou estável em 3,30 por cento.

Inflação e câmbio

O Focus mostrou ainda estabilidade nas previsões para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, em 5,29 por cento. Também não houve mudanças nos prognósticos para 2013 e em 12 meses - 5,00 por cento (11ª semana consecutiva) e 5,30 por cento (terceira semana seguida), respectivamente.

O IPCA é o índice que baliza o regime de metas de inflação do governo. O índice subiu 0,56 por cento em janeiro e, em 12 meses, acumulou alta de 6,22 por cento, segundo informou na sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual acumulado em 12 meses desacelerou em relação a dezembro, quando ficou em 6,50 por cento.

A perda de força na inflação corrobora a visão do BC de que a inflação caminha para o centro da meta, repetida na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a Selic foi cortada em mais 0,5 ponto percentual, para 10,50 por cento.


Também na sexta-feira, o diretor de Política Econômica da autoridade, Carlos Hamilton Araújo, afirmou que o Banco Central já estima que a inflação deste ano vai ficar no centro da meta oficial, de 4,5 por cento, e abaixo da sua previsão de até então, de 4,7 por cento pelo IPCA.

Ele acrescentou que, mesmo com esse cenário, ainda não há horizonte para a concretização da taxa básica de juros em um dígito, mas disse que esse momento deve chegar.

A previsão para a taxa de câmbio no final de 2012 permaneceu em 1,75 real por dólar. Para o fim de 2013, a estimativa foi mantida em 1,75 real por dólar pela décima semana consecutiva. O dólar encerrou a sexta-feira com desvalorização acumulada de 7,59 por cento no ano, a 1,7266 real.

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