Economia

Mercado derruba projeções para inflação e juros em 2006

Analistas acreditam que IPCA terá alta de 3,03% nos preços e Selic atingirá 13,5% ao fim do ano

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.

O mercado revisou para baixo as estimativas para a inflação para o ano, de acordo com pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) na última sexta-feira (22/9) e divulgada hoje (25/9). Nesta edição do levantamento semanal feito com analistas e instituições financeiras, a aposta para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - usado como referência pelo governo - caiu de 3,23% para 3,03%.

O índice esperado pelos entrevistados está abaixo da meta estipulada pelo governo para 2006, de 4,5%. Para 2007, a expectativa é que o IPCA encerre o ano com uma alta de preços acumulada em 4,30%, frente a uma previsão anterior de 4,34% - novamente abaixo da meta para o ano, também fixada em 4,5%.

Outros índices também tiveram as projeções para 2006 cortadas, como a do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) - na pesquisa realizada em 15 de setembro, o índice esperado havia sido mantido em 3,46%, mas nesta edição a aposta foi reduzida para 3,26%.

Juros

Também caíram as projeções para a Selic, a taxa básica de juros da economia, hoje em 14,25% ao ano. De acordo com o mercado, os juros devem cair 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, marcada para 17 e 18 de outubro. Na semana passada, a expectativa era de um corte de 0,25 ponto.

Com a revisão da expectativa da taxa para outubro, caiu também o nível esperado para a Selic ao fim do ano - de 13,75% para 13,50%. Para 2007, a previsão foi mantida em 12,50% ao ano.

PIB

Para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - soma de todas as riquezas produzidas pelo país - a perspectiva também foi reduzida. O mercado agora espera que a economia brasileira avance 3,09% em 2006, enquanto na semana passada os analistas acreditavam em um índice de 3,11%. Em 2007, na opinião dos analistas, o Brasil crescerá a uma taxa de 3,50%, mesmo índice apurado na leitura anterior da pesquisa do BC.

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