Economia

Mercado de capitais deve ser beneficiado, diz Anbima

Os volumes movimentados no mercado de capitais brasileiro tendem a ser beneficiados em 2014 pelo menor apetite dos bancos públicos, segundo a associação


	Agência da Caixa Econômica Federal: "a agressividade da Caixa e do BB na redução dos juros contribuiu para a queda da busca por recursos no mercado de capitais", disse a Anbima
 (Tânia Rêgo/ABr)

Agência da Caixa Econômica Federal: "a agressividade da Caixa e do BB na redução dos juros contribuiu para a queda da busca por recursos no mercado de capitais", disse a Anbima (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 13h20.

São Paulo - Os volumes movimentados no mercado de capitais brasileiro tendem a ser beneficiados em 2014 pelo menor apetite dos bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, na oferta de recursos visto desde o final do ano passado, segundo o diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Marcio Guedes.

"A agressividade da Caixa e do BB na redução dos juros contribuiu para a queda da busca por recursos no mercado de capitais uma vez que os prazos e custos eram atrativos", avaliou ele, em conversa com a imprensa, nesta terça-feira, 14.

Em 2013, enquanto as captações via ações cresceram impulsionadas pela oferta inicial (IPO, na sigla em inglês) da BB Seguridade, holding que controla os negócios de seguros do Banco do Brasil, as emissões em renda fixa recuaram tanto no mercado externo como no local.

Com isso, o total de recursos levantados nestes três segmentos foi a R$ 211,157 bilhões no ano passado, montante 11,7% menor que o registrado em 2012.

"A queda do volume está relacionada à atividade da economia e a fatores pontuais. Não vemos o recuo com conotação de problema nos mercados", destacou Guedes, acrescentando que o volume de ofertas tem relação com a necessidade de investimentos por parte das companhias.

Ele lembra ainda que as operações estão tendo nos últimos anos prazos e volumes maiores, o que também contribuí para um volume menor de ofertas. Isso porque com prazos menores, conforme o especialista, a necessidade de refinanciamento de dívidas por parte das empresas era maior.

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