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Mercado aposta em corte de 0,50 ponto na próxima reunião do Copom

Relatório de mercado do Banco Central mostra que analistas já não esperam queda tão rápida da taxa Selic

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

Com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) se aproximando, marcada para os dias 30 e 31 de maio, o mercado reduziu a expectativa de cortes mais acelerados na taxa Selic. Segundo o relatório semanal de mercado do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira (22/5), os analistas consultados esperam que os juros básicos da economia brasileira, hoje em 15,75%, cheguem a 15,25% ao ano em junho, contra previsão anterior de 15%.
Para 2006, a previsão é de que a Selic encerre o ano a 14,25% - também houve correção para cima, partindo de uma expectativa na semana anterior de 14% ao ano.

O mercado aposta ainda em uma ligeira alta do dólar em maio, que deve resultar em impacto na inflação medida pelos índices IGP-DI (Ínidce Geral de Preços - Disponibilidade Interna) e IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado). A projeção apurada na semana que se encerrou em 19 de maio é de que a cotação da moeda dos Estados Unidos chegue a 2,12 reais no mês, contra a previsão de 2,10 reais registrada na avaliação anterior.

Com isso, a inflação pelo IGP-DI deve alcançar 0,35% em maio, segundo os analistas - a expectativa na semana anterior era de 0,21% para o mês. Esta foi a terceira correção consecutiva para cima feita pelo mercado. Para o IGP-M, espera-se que os preços subam 0,33%, contra uma estimativa de 0,27% uma semana antes. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), usado como referência pelo governo, deve chegar ao fim de maio com uma inflação de 0,23%, mesma alta prevista nas últimas duas semanas.

Para 2006, o valor mediano das opiniões dos analistas consultados pelo BC ficou em uma inflação de 4,32% para o IPCA, também estável contra a semana anterior. Já nos IGPs, houve elevação na projeção: o IGP-DI acumulará no fim do ano alta de 3,07%, enquanto o IGP-M fechará 2006 com inflação de 3,02%, segundo o mercado. O ano deve trazer ainda ao país um crescimento de 3,58% no Produto Interno Bruto (PIB), na visão dos analistas, que aumentaram essa previsão em 0,01 ponto percentual em relação à semana anterior.

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