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Melitta espera preços de café pressionados até 2014

Empresa projeta que preços da commodity no mercado internacional permaneçam pressionados pelo menos até o final do ano que vem

Sacas de café: futuros do café arábica negociados em Nova York (ICE) recuaram ao menor nível em mais de quatro anos (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 16h20.

São Paulo - A empresa alemã de cafés Melitta projeta que os preços da commodity no mercado internacional permaneçam pressionados pelo menos até o final de 2014, disse nesta quinta-feira o presidente mundial da companhia.

"Levando em conta a grande safra que virá no Brasil e em outras áreas, e que a demanda em geral está estável, eu não esperaria uma alta dos preços do café nos próximos 12 a 15 meses. Eu diria que ficará num nível semelhante (ao atual)", disse o presidente mundial da Melitta, Stephan Bentz, durante evento da empresa em São Paulo.

Os futuros do café arábica negociados em Nova York (ICE) recuaram ao menor nível em mais de quatro anos no dia 18 de setembro, pressionados principalmente por uma grande safra no Brasil.

Executivos da empresa evitaram, durante o encontro com jornalistas, fazer uma previsão para a próxima safra de café no Brasil, que segundo estimativas do mercado deverá atingir um volume histórico.

No mercado europeu, que corresponde a 70 por cento das vendas de café da Melitta, as margens de lucro não têm sido beneficiadas significativamente pelas baixas da matéria-prima, disse Bentz.

Segundo ele, muitos varejistas europeus têm suas marcas próprias de café e estão familiarizados com os preços e as margens dos fabricantes.

"Você não consegue manter seus preços de venda altos por um longo período após quedas nos preços em Nova York. Logo eles entram em contato (pedindo um nivelamento dos preços)", afirmou Bentz, um dos acionistas do conglomerado.

No Brasil, no entanto, a Melitta tem margens menos atreladas aos preços do café no mercado em geral, disse o presidente da empresa no país.

"O custo do nosso blend, na comparação com o ano passado, caiu mais ou menos 10 ou 11 por cento. Bem diferente do preço em Nova York, que mudou muito mais", afirmou Bernardo Wolfson.

Os preços de referência do café em Nova York recuaram cerca de 35 por cento nos últimos 12 meses.

A explicação para a diferença está na qualidade do café comprado pela empresa, que não recuou na mesma medida dos cafés que balizam os indicadores de preço, segundo o executivo.

Em relação ao tamanho da próxima safra, Wolfson limitou-se a dizer que ela vai ser "aparentemente boa".

Sobre as perspectivas de preço no mercado interno em 2014, o executivo disse que "o preço tem a ver com a safra, financiamento (disponível para os agricultores) e a oportunidade para exportar".

A Melitta ocupa a terceira posição no mercado brasileiro de cafés torrados e moídos, com fatia de 8,8 por cento, segundo pesquisa citada pela companhia.

Em 2013, o faturamento da unidade brasileira deve atingir 902 milhões de reais, alta de 11 por cento ante 2012.

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São Paulo - A empresa alemã de cafés Melitta projeta que os preços da commodity no mercado internacional permaneçam pressionados pelo menos até o final de 2014, disse nesta quinta-feira o presidente mundial da companhia.

"Levando em conta a grande safra que virá no Brasil e em outras áreas, e que a demanda em geral está estável, eu não esperaria uma alta dos preços do café nos próximos 12 a 15 meses. Eu diria que ficará num nível semelhante (ao atual)", disse o presidente mundial da Melitta, Stephan Bentz, durante evento da empresa em São Paulo.

Os futuros do café arábica negociados em Nova York (ICE) recuaram ao menor nível em mais de quatro anos no dia 18 de setembro, pressionados principalmente por uma grande safra no Brasil.

Executivos da empresa evitaram, durante o encontro com jornalistas, fazer uma previsão para a próxima safra de café no Brasil, que segundo estimativas do mercado deverá atingir um volume histórico.

No mercado europeu, que corresponde a 70 por cento das vendas de café da Melitta, as margens de lucro não têm sido beneficiadas significativamente pelas baixas da matéria-prima, disse Bentz.

Segundo ele, muitos varejistas europeus têm suas marcas próprias de café e estão familiarizados com os preços e as margens dos fabricantes.

"Você não consegue manter seus preços de venda altos por um longo período após quedas nos preços em Nova York. Logo eles entram em contato (pedindo um nivelamento dos preços)", afirmou Bentz, um dos acionistas do conglomerado.

No Brasil, no entanto, a Melitta tem margens menos atreladas aos preços do café no mercado em geral, disse o presidente da empresa no país.

"O custo do nosso blend, na comparação com o ano passado, caiu mais ou menos 10 ou 11 por cento. Bem diferente do preço em Nova York, que mudou muito mais", afirmou Bernardo Wolfson.

Os preços de referência do café em Nova York recuaram cerca de 35 por cento nos últimos 12 meses.

A explicação para a diferença está na qualidade do café comprado pela empresa, que não recuou na mesma medida dos cafés que balizam os indicadores de preço, segundo o executivo.

Em relação ao tamanho da próxima safra, Wolfson limitou-se a dizer que ela vai ser "aparentemente boa".

Sobre as perspectivas de preço no mercado interno em 2014, o executivo disse que "o preço tem a ver com a safra, financiamento (disponível para os agricultores) e a oportunidade para exportar".

A Melitta ocupa a terceira posição no mercado brasileiro de cafés torrados e moídos, com fatia de 8,8 por cento, segundo pesquisa citada pela companhia.

Em 2013, o faturamento da unidade brasileira deve atingir 902 milhões de reais, alta de 11 por cento ante 2012.

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