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Meirelles diz que reformas vão conter efeito Trump

As reformas, que incluem um limite para gastos federais e reforma da previdência, também ajudarão a levar a inflação de volta para a meta, disse Meirelles

Meirelles: "Quanto mais rápido aprovarmos as reformas, mais rapidamente o risco do país pode cair" (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 20h36.

Nova York - O governo brasileiro precisa aprovar uma série de reformas orçamentárias para proteger a economia da volatilidade global decorrente da eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles .

As reformas, que incluem um limite para o crescimento dos gastos federais por 20 anos e a reforma da previdência, também ajudarão a levar a inflação de volta para a meta oficial, disse Meirelles em um evento em Nova York.

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"Quanto mais rápido aprovarmos as reformas, mais rapidamente o risco do país pode cair", disse.

As reformas orçamentárias têm uma alta chance de serem aprovadas pelo Congresso, disse Meirelles.

O limite de gastos já passou pela Câmara dos Deputados e a reforma da previdência será apresentada antes do final do ano, segundo afirmou o presidente da República, Michel Temer, na semana passada.

"Antes era uma política de 'gastar mais' e agora queremos que os mercados e os investidores privados tenham um papel maior na economia, até para permitir uma melhor alocação de recursos", disse Meirelles aos participantes de um evento patrocinado pelo Banco Bradescoem Nova Iorque.

A vitória de Trump provocou um choque nos mercados emergentes, com as moedas do México e do Brasil perdendo mais de 10 por cento de seu valor e o preço dos títulos locais despencado.

Antes de qualquer reforma ser aprovada, os prêmios de risco do Brasil aumentarão na sequência da eleição de Trump, mas a volatilidade do mercado complica quaisquer outras previsões, disse Meirelles.

Ele observou que as previsões para o crescimento econômico do próximo ano poderiam ser revisadas para baixo, mas se recusou a dar números.

O governo estima atualmente o crescimento de 1,6 por cento em 2017, depois dois anos de forte recessão.

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