Economia

Meirelles: Déficit de 2017 pode ficar até R$ 40 bi abaixo da meta

No próximo dia 30, o Tesouro Nacional divulgará o resultado das contas do governo de 2017

Meirelles: para este ano, o ministro disse que a equipe econômica também estima cumprir a meta de déficit primário (Wilson Dias/Agência Brasil)

Meirelles: para este ano, o ministro disse que a equipe econômica também estima cumprir a meta de déficit primário (Wilson Dias/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 19h14.

Última atualização em 23 de janeiro de 2018 às 19h20.

O déficit primário - rombo nas contas do governo excluindo os juros da dívida pública - em 2017 deverá ficar de R$ 20 bilhões a R$ 40 bilhões abaixo da meta de R$ 159 bilhões, disse hoje (23) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele concedeu entrevista coletiva em Davos (Suíça), após o primeiro dia de participação no Fórum Econômico Mundial.

No próximo dia 30, o Tesouro Nacional divulgará o resultado das contas do governo de 2017. De acordo com a Instituição Fiscal Independente, órgão vinculado ao Senado, o Governo Central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - teria um resultado negativo no ano passado de R$ 126 bilhões.

Para este ano, Meirelles, que mais cedo anunciou que a economia brasileira poderá crescer mais de 3%, disse que a equipe econômica também estima cumprir a meta de déficit primário, que também corresponde a R$ 159 bilhões. Segundo ele, a recuperação da arrecadação permitirá o cumprimento da meta fiscal.

"Nossa previsão também é cumprir a meta fiscal [de 2018], principalmente levando em conta o aumento da arrecadação. Existe uma série histórica que mostra que, quando cai o PIB [Produto Interno Bruto], a arrecadação cai mais, quando sobe, a arrecadação sobe mais. Com uma defasagem", disse o ministro, em áudio divulgado pelo Ministério da Fazenda.

Caixa

Em relação ao novo estatuto da Caixa Econômica Federal, aprovado na última sexta-feira (19) em assembleia geral do banco, Meirelles declarou que o novo sistema de administração cumpre com a Lei das Estatais, que restringe as indicações políticas para os cargos de direção e de vice-presidência da instituição financeira.

De acordo com o ministro, o novo estatuto não "demoniza a política". "Agora vamos seguir o estatuto, usar os critérios estatutários para escolha de diretores. Há reações negativas, tem gente que não gosta, acha que não. Um disse que teve até demonização da politica. Eu acho que não. O que existe são critérios técnicos", comentou Meirelles.

Hoje, o Conselho de Administração da Caixa, presidido pela secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, se reuniu para discutir o afastamento de quatro vice-presidentes do banco, por recomendação do Banco Central e do Ministério Público Federal.

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