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Meirelles defende aumento da poupança interna

São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, voltou a defender ontem a necessidade de o Brasil aumentar sua poupança interna como condição para continuar a crescer. Para ele, esse talvez seja o principal desafio para a economia brasileira continuar a investir e aumentar a produtividade. Segundo o presidente do BC, a formação […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, voltou a defender ontem a necessidade de o Brasil aumentar sua poupança interna como condição para continuar a crescer. Para ele, esse talvez seja o principal desafio para a economia brasileira continuar a investir e aumentar a produtividade.

Segundo o presidente do BC, a formação da poupança "passa pela maior eficiência do Estado e mercado financeiro mais desenvolvido." Meirelles reiterou a defesa do aumento da poupança interna em discurso de pouco menos de 15 minutos que fez na noite de ontem, durante cerimônia de premiação das melhores e maiores empresas de 2009, eleitas pela revista Exame.

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Meirelles destacou a resistência do Brasil à crise de 2008. "Hoje retomamos a trajetória anterior e já estamos crescendo há cinco trimestres consecutivos e, portanto, liderando o crescimento mundial", comemorou.

Meirelles associou a boa performance das empresas em 2009 aos ganhos econômicos que a estabilidade trouxe nos últimos anos e, em especial, aos efeitos resultantes da reação positiva e no momento adequado para amenizar os impactos da crise econômica internacional de 2008. "As empresas premiadas representam muito bem a transformação das empresas brasileiras não só no decorrer do último século, mas também nos últimos anos, partindo de uma base de proatividade, inovação e contenção", disse. "Hoje, felizmente, as empresas no Brasil não incluem mais o poder de compra da moeda e perdas nas suas preocupações cotidianas", acrescentou Meirelles.

Outro efeito positivo da estabilidade, salientou o presidente do BC, é que hoje as empresas podem discutir assuntos como produtividade, capacidade de inovação, crescimento e investimentos. Isso há alguns anos não era possível porque as empresas, em vez de se preocuparem com a sua própria gestão tinham que se preocupar com a macroeconomia, com a incerteza, disse.

"Enquanto as empresas ficavam discutindo macroeconomia, reinventando a roda para cada ano, seguramente não existia espaço para se discutir o que se discute hoje no Brasil, como produtividade, capacidade na inovação, crescimento e investimentos", comentou Meirelles. "Portanto esse é um bom caminho."

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