Bomba de gasolina: aumento nos preços após as eleições (REUTERS/Sergio Moraes)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2014 às 18h18.
São Paulo - Pela racionalidade do governo, dificilmente o preço da gasolina no Brasil será reajustado de uma só vez, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.
"Creio que vão fazer como sempre fizeram: vão dar uma parte depois das eleições, algo mínimo, da ordem de 5%, e talvez alguma coisa ano que vem", prevê.
No entanto, alerta Vale, dado que o cenário cambial deve piorar, a diferença de preços internacionais também tende a se agravar junto a um preço de petróleo que vai continuar acima dos US$ 100 o barril.
E, segundo ele, mesmo com esses 5% é bem provável que a defasagem entre preços internos e externos permaneça na ordem de 20%.
Além disso, a economia, segundo Vale, passa por um momento de recessão e tem inflação anualizada em torno de 6,5%, um número muito alto para um período de crescimento baixo tão prolongado como não se vê no País.
Para o economista, caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita, nada de relevante vai mudar na condução da política de preços da gasolina.
Na avaliação de Vale, tanto a Petrobras como o setor de etanol continuarão enfrentando perdas ao longo dos próximos anos.