Recuperação global permitirá reduzir estímulos, diz Mantega
"Com a recuperação da economia mundial, estaremos reduzindo a política anticíclica", afirmou o ministro da Fazenda
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 14h29.
Davos - A recuperação da economia global permitirá ao Brasil reduzir medidas anticíclicas. A promessa foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega , durante entrevista coletiva realizada no Fórum Econômico Mundial, em Davos , na Suíça. "Com a recuperação da economia mundial, estaremos reduzindo a política anticíclica", afirmou.
"Não haverá mais desonerações fiscais e, portanto, haverá recomposição da arrecadação. Isso já começou a ocorrer nos números do fim de 2013. Em setembro, outubro, novembro e dezembro tivemos elevação da arrecadação. Isso reflete o maior crescimento em 2013 e a maior rentabilidade das empresas que estão pagando mais Imposto de Renda. Essa performance deverá continuar em 2014 facilitando um resultado fiscal necessário", disse.
Outra ação está na recomposição de algumas alíquotas alteradas nos últimos anos. Mantega deu como exemplo a elevação das alíquotas de alguns produtos de consumo, como automóveis, linha branca e móveis. "Essa é uma trajetória já anunciada, não é nenhuma novidade. Mas algumas desonerações vieram para ficar, como a folha de pagamentos. Essa será uma redução de custos importante para o setor produtivo. O IPI sobre o investimento também permanecerá", disse.
Câmbio
O ministro disse que não acredita em uma grande oscilação do dólar, nem em problemas gerados pela variação cambial para empresas brasileiras, como aconteceu na crise de 2008. "Empresas brasileiras aprenderam a lição em 2008 e todas elas estão hedgeadas para eventual flutuação da taxa cambial. Não acredito que haja grande aumento do dólar, de flutuação do dólar", disse.
"Se você olhar ao longo do tempo, o dólar está mais ou menos estável ao redor desse patamar. Cada dia vai para um lado ou para o outro, mesmo assim tem oscilado pouco, não tem se distanciado de certos patamares no Brasil", afirmou Mantega. Diante do quadro, o ministro não vê motivos para preocupação. "Não tenho visto nenhum setor preocupado com isso. Não haverá problemas de derivativos", acrescentou.
Sobre o aumento dos investimentos na economia, o ministro comentou ainda que a política fiscal não será afetada. "O investimento está aumentando fundamentalmente nas concessões. Então, o investimento é privado. Não é necessário espaço fiscal", argumentou.
EUA
O ministro avalia ainda que a recuperação da economia dos Estados Unidos pode gerar alguma turbulência para mercados emergentes como o Brasil no primeiro momento. O efeito do fortalecimento da maior economia do mundo no médio prazo, porém, será positivo.
"Há uma recuperação mais forte dos EUA em relação a outros países avançados. Mas ainda é preciso consolidar essa reação e o acordo feito com o Congresso é positivo", disse Mantega. "Em um primeiro momento, isso traz problemas para emergentes por causa da redução dos estímulos monetários. Provisoriamente ainda teremos algumas questões cambiais, algum fluxo de capitais", afirmou.
Passada essa turbulência, o ministro prevê tempos melhores. "No médio prazo, o crescimento dos EUA é positivo para o Brasil e outros países. Se crescer mais, vão importar mais do Brasil. Portanto, isso será positivo", disse.
Davos - A recuperação da economia global permitirá ao Brasil reduzir medidas anticíclicas. A promessa foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega , durante entrevista coletiva realizada no Fórum Econômico Mundial, em Davos , na Suíça. "Com a recuperação da economia mundial, estaremos reduzindo a política anticíclica", afirmou.
"Não haverá mais desonerações fiscais e, portanto, haverá recomposição da arrecadação. Isso já começou a ocorrer nos números do fim de 2013. Em setembro, outubro, novembro e dezembro tivemos elevação da arrecadação. Isso reflete o maior crescimento em 2013 e a maior rentabilidade das empresas que estão pagando mais Imposto de Renda. Essa performance deverá continuar em 2014 facilitando um resultado fiscal necessário", disse.
Outra ação está na recomposição de algumas alíquotas alteradas nos últimos anos. Mantega deu como exemplo a elevação das alíquotas de alguns produtos de consumo, como automóveis, linha branca e móveis. "Essa é uma trajetória já anunciada, não é nenhuma novidade. Mas algumas desonerações vieram para ficar, como a folha de pagamentos. Essa será uma redução de custos importante para o setor produtivo. O IPI sobre o investimento também permanecerá", disse.
Câmbio
O ministro disse que não acredita em uma grande oscilação do dólar, nem em problemas gerados pela variação cambial para empresas brasileiras, como aconteceu na crise de 2008. "Empresas brasileiras aprenderam a lição em 2008 e todas elas estão hedgeadas para eventual flutuação da taxa cambial. Não acredito que haja grande aumento do dólar, de flutuação do dólar", disse.
"Se você olhar ao longo do tempo, o dólar está mais ou menos estável ao redor desse patamar. Cada dia vai para um lado ou para o outro, mesmo assim tem oscilado pouco, não tem se distanciado de certos patamares no Brasil", afirmou Mantega. Diante do quadro, o ministro não vê motivos para preocupação. "Não tenho visto nenhum setor preocupado com isso. Não haverá problemas de derivativos", acrescentou.
Sobre o aumento dos investimentos na economia, o ministro comentou ainda que a política fiscal não será afetada. "O investimento está aumentando fundamentalmente nas concessões. Então, o investimento é privado. Não é necessário espaço fiscal", argumentou.
EUA
O ministro avalia ainda que a recuperação da economia dos Estados Unidos pode gerar alguma turbulência para mercados emergentes como o Brasil no primeiro momento. O efeito do fortalecimento da maior economia do mundo no médio prazo, porém, será positivo.
"Há uma recuperação mais forte dos EUA em relação a outros países avançados. Mas ainda é preciso consolidar essa reação e o acordo feito com o Congresso é positivo", disse Mantega. "Em um primeiro momento, isso traz problemas para emergentes por causa da redução dos estímulos monetários. Provisoriamente ainda teremos algumas questões cambiais, algum fluxo de capitais", afirmou.
Passada essa turbulência, o ministro prevê tempos melhores. "No médio prazo, o crescimento dos EUA é positivo para o Brasil e outros países. Se crescer mais, vão importar mais do Brasil. Portanto, isso será positivo", disse.