Economia

Mantega: País cresce a 4,5% e inflação ficará na meta

"Hoje a economia (brasileira) está crescendo numa velocidade de cruzeiro", afirmou o ministro da Fazenda, sobre a expansão econômica

Mantega: "Os indicadores mostram uma acomodação da inflação perto de zero porcento. É muito bom, se comparado a outros países" (Lailson Santos/EXAME.com)

Mantega: "Os indicadores mostram uma acomodação da inflação perto de zero porcento. É muito bom, se comparado a outros países" (Lailson Santos/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 14h34.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, relatou hoje que fazia uma exposição sobre a economia brasileira à presidente Dilma Rousseff, quando recebeu a notícia de que a agência Moody's tinha elevado a nota de risco do Brasil. Em entrevista no Palácio do Planalto após a reunião de coordenação política do governo, Mantega ressaltou que o País continua crescendo a uma velocidade de 4,5% e que a inflação este ano deverá ficar dentro da meta, entre 6,15% e 6,20%. "Por acaso, enquanto estávamos falando sobre a economia, recebemos a notícia de que a Moody's melhorou o grau e a avaliação do Brasil, elevando o rating dos bônus do governo brasileiro de Baa3 para Baa2", disse. "Melhorou a percepção do Brasil, que está sendo considerado País de elevada robustez da economia."

Segundo Mantega, a presidente Dilma Rousseff ficou satisfeita com a avaliação feita pela Moody's. Na entrevista, Mantega leu um texto sobre os motivos apresentados pela agência para melhorar a classificação de risco do País. Ele disse que há uma evidente continuidade de políticas econômicas, baixa suscetibilidade à crise internacional associada à expansão do crédito e há uma perspectiva de crescimento econômico nos próximos anos.

Mantega lembrou que o governo brasileiro fez um ajuste no início do ano, que desacelerou o crescimento. Ele observou que outros países, especialmente os desenvolvidos, fizeram caminho contrário na tentativa de acelerar suas economias. "Hoje a economia (brasileira) está crescendo numa velocidade de cruzeiro, de 4,5% ao ano", afirmou. "Os indicadores mostram uma acomodação da inflação perto de zero porcento. É muito bom, se comparado a outros países."

O ministro lembrou que o Japão enfrenta problemas decorrentes do terremoto, a Grécia, problemas de dívida, e países, como os Estados Unidos, estão vivendo o pior momento desde a crise financeira internacional de 2008. "Acreditamos que eles vão se recuperar, mas vão se arrastar por meses e até anos."

Mantega disse que o crescimento do Brasil este ano não será igual ao do ano passado. "É claro que nos acostumamos mal com o crescimento de 7,5%, mas o crescimento este ano está se dando com consolidação fiscal, aumentos do primário (superávit) e contas públicas sólidas."

O ministro afirmou que o governo manterá "vigilância" para evitar um aumento da inflação e tomará medidas, se for necessário. "A inflação agora está sob controle e deverá ficar próximo de zero porcento. O governo brasileiro estará fazendo uma política de combate à inflação adequada. Neste ano de 2011 a inflação ficará dentro do limite da meta. Se isso ocorrer, será o sexto ano consecutivo." O ministro disse que há setores ainda com problemas na economia brasileira, como o de manufaturados, que, segundo ele, sofre com a crise nos países desenvolvidos.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingGuido MantegaInflaçãoMercado financeiroMoody'sPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosRating

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor