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Mantega diz que país pode ter resultados fiscais maiores

Ministro afirmou que o mais importante para o governo é manter solidez fiscal do que fazer uma política de estímulos econômicos dentro do ambiente mais estável

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 15h42.

Brasília - Em resposta à preocupação dos analistas internacionais sobre o futuro da política fiscal brasileira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, passado o período atual de vacas magras, o Brasil poderá ter resultados fiscais maiores nos próximos anos.

Numa mudança de tom de discurso, o ministro afirmou que o mais importante para o governo é manter a solidez fiscal do que fazer uma política de estímulos econômicos dentro do ambiente mais estável.

Em teleconferência para investidores estrangeiros, o ministro disse que "aparentemente" as agências de rating receberam bem a meta fiscal de 2014 e que, com a solidez das contas públicas, o crescimento da economia e dos investimentos o rating brasileiro deverá ser mantido nas condições atuais.

Mantega destacou que, antes da crise financeira começar em 2008, o governo estava fazendo "altos" resultados primários, inclusive em 2008, quando o setor público fez uma superávit primário de 3,1%.

"Passado desse período de vacas magras, nós podemos nos próximos anos voltar a ter resultados maiores. O mais importante é que, mesmo com resultados inferiores, nós continuamos reduzindo dívida líquida e bruta", disse.

"Esse é um objetivo da política fiscal que continua reduzindo o endividamento do Estado brasileiro, de modo que a economia fique mais sólida. Essa é a política que já vínhamos perseguindo de modo que continuaremos perseguindo no presente e no futuro", acrescentou.

O ministro foi questionado sobre o impacto do ano eleitoral nas contas públicas. E respondeu que a economia de despesa será feita "independentemente de ano eleitoral".

"Não temos nos pautado pela questão política em relação às contas públicas. Temos feito em anos eleitorais esforços maiores ou menos dependendo das necessidades econômicas e não da questão política.

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