Mantega diz a jornal que dólar terá flutuação mais limpa
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, o ministro afirmou que o Banco Central não está comprando divisas há muito tempo
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 08h30.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse, ontem, que "apesar da volatilidade, estamos hoje com um câmbio mais flexível, mais flutuante do que em outras épocas, com menos intervenções".
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, 6, Mantega afirmou que o Banco Central não está comprando divisas há muito tempo e as operações de swap cambial estavam praticamente zeradas até a semana passada.
"Estamos gradualmente tirando a incidência do IOF", disse, acrescentando que "tínhamos retirado sobre a renda variável e, agora, retiramos da renda fixa". De acordo com ele, não há mudança da política cambial, mas apenas do grau de intervenção. "É a mesma política adaptada ao momento".
O ministro comentou a recuperação da economia dos Estados Unidos, à luz da perspectiva de retirada de estímulos monetários do Federal Reserve, que impulsionou o dólar ante o real.
Na avaliação de Mantega, a recuperação norte-americana será lenta. "Os americanos não têm o crescimento sólido e o desemprego não chegou aos 6,5% que o Fed havia estipulado para começar a retirada de estímulos. Mas os mercados gostam de antecipar, porque, com essa volatilidade, ganham dinheiro".
Questionado se o câmbio na faixa de R$ 2,10 é algo mais permanente, Mantega respondeu que "acho que teremos volatilidade, idas e vindas ao sabor das notícias. Se a recuperação não se consolidar, o Fed manterá os estímulos. Por enquanto os sinais são erráticos". O ministro previu maior volatilidade no curto prazo, mas disse que a taxa de câmbio refletirá mais os fundamentos econômicos.
Mantega também foi questionado se o IOF sobre derivativos pode ser retirado. "Não sei se vou retirar ou não", disse, acrescentando que estão previstos IPOs este ano e que já foram feitas captações da Petrobras e Banco do Brasil Seguridade. "A situação está mais equilibrada e o câmbio tende a flutuar de forma mais perfeita".
O ministro também foi perguntado sobre especulações em torno das decisões de juros no governo Dilma Rousseff. "O BC decide quando e quanto tem de aumentar. Não tem nenhuma interferência nossa."
Quanto ao investimento, Mantega prevê, para este ano, uma expansão de 6% a 7%. Segundo ele, não há dúvida de que o processo de recuperação do investimento está em curso e vai "pegar fogo" a partir de 2014 graças ao efeito das concessões de infraestrutura.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse, ontem, que "apesar da volatilidade, estamos hoje com um câmbio mais flexível, mais flutuante do que em outras épocas, com menos intervenções".
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, 6, Mantega afirmou que o Banco Central não está comprando divisas há muito tempo e as operações de swap cambial estavam praticamente zeradas até a semana passada.
"Estamos gradualmente tirando a incidência do IOF", disse, acrescentando que "tínhamos retirado sobre a renda variável e, agora, retiramos da renda fixa". De acordo com ele, não há mudança da política cambial, mas apenas do grau de intervenção. "É a mesma política adaptada ao momento".
O ministro comentou a recuperação da economia dos Estados Unidos, à luz da perspectiva de retirada de estímulos monetários do Federal Reserve, que impulsionou o dólar ante o real.
Na avaliação de Mantega, a recuperação norte-americana será lenta. "Os americanos não têm o crescimento sólido e o desemprego não chegou aos 6,5% que o Fed havia estipulado para começar a retirada de estímulos. Mas os mercados gostam de antecipar, porque, com essa volatilidade, ganham dinheiro".
Questionado se o câmbio na faixa de R$ 2,10 é algo mais permanente, Mantega respondeu que "acho que teremos volatilidade, idas e vindas ao sabor das notícias. Se a recuperação não se consolidar, o Fed manterá os estímulos. Por enquanto os sinais são erráticos". O ministro previu maior volatilidade no curto prazo, mas disse que a taxa de câmbio refletirá mais os fundamentos econômicos.
Mantega também foi questionado se o IOF sobre derivativos pode ser retirado. "Não sei se vou retirar ou não", disse, acrescentando que estão previstos IPOs este ano e que já foram feitas captações da Petrobras e Banco do Brasil Seguridade. "A situação está mais equilibrada e o câmbio tende a flutuar de forma mais perfeita".
O ministro também foi perguntado sobre especulações em torno das decisões de juros no governo Dilma Rousseff. "O BC decide quando e quanto tem de aumentar. Não tem nenhuma interferência nossa."
Quanto ao investimento, Mantega prevê, para este ano, uma expansão de 6% a 7%. Segundo ele, não há dúvida de que o processo de recuperação do investimento está em curso e vai "pegar fogo" a partir de 2014 graças ao efeito das concessões de infraestrutura.