Economia

Maduro aumenta salário mínimo em 50% na Venezuela

Salário mínimo subiu para 40.638 bolívares, equivalentes a 60 dólares na taxa oficial, e a 12 dólares no mercado negro

Salário mínimo: aumentos sucessivos têm sido devorados pela inflação no país, que passou de 400% no ano passado (Marco Bello/Reuters)

Salário mínimo: aumentos sucessivos têm sido devorados pela inflação no país, que passou de 400% no ano passado (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 07h00.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo um aumento de 50% no salário mínimo, que sobe para 40.638 bolívares (60 dólares, na taxa oficial mais alta, e 12 dólares na cotação do mercado negro).

"Para começar o ano, decidi pelo aumento. Seria, se levarmos em conta o aumento que dei em janeiro de 2016, o quinto em um ano", disse Maduro, na primeira transmissão de 2017 de seu programa semanal no canal estatal VTV.

O salário é complementado com um bônus de alimentação de 63.720 bolívares (93 dólares, na taxa oficial). O aumento decretado inclui os aposentados, assinalou Maduro.

Os aumentos sucessivos decretados pelo presidente socialista foram devorados pela inflação, estimada em 475% em 2016 , e pela perda de valor do bolívar frente ao dólar.

Além do alto custo de vida, os venezuelanos sofrem com a escassez de alimentos e remédios.

Para combater o desabastecimento, Maduro anunciou um plano para criar "um sistema de lojas" que venderão produtos básicos a preços subsidiados, que será controlado pelos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (Clap), organizações municipais que distribuem comida em áreas populares.

Segundo o presidente, as lojas estarão localizadas nas 45 cidades mais povoadas do país petroleiro.

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