Economia

Macron insistirá em Previdência, mas aceita ceder, apontam fontes

As fontes no governo, além disso, indicam que podem fazer concessões com relação ao calendário da entrada em vigor da reforma previdenciária

Macron: presidente não descarte aprimorar o texto (Jean Catuffe / Colaborador/Getty Images)

Macron: presidente não descarte aprimorar o texto (Jean Catuffe / Colaborador/Getty Images)

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EFE

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 09h51.

Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 09h52.

Paris — O presidente da França, Emmanuel Macron, não renunciará ao projeto de reforma da Previdência, que teve forte reação, com sindicatos protestando há duas semanas, embora não descarte aprimorar o texto, segundo informações obtidas pela Agência Efe.

"O presidente não abandonará o projeto, mas está disposto a melhorá-lo", garantiram nesta quarta-feira fontes no Palácio do Eliseu, poucas horas antes do início de rodada de conversas entre o governo e representantes sindicais.

Neste diálogo com lideranças dos protestos, que ontem voltaram a acontecer em todo o país, contra a reforma, pode ser negociada uma reavaliação da idade mínima para a aposentadoria, fixada em 64 anos, de acordo com apuração da Efe.

As principais centrais sindicais da França aderiram aos protestos contra a reforma, embora a CFDT, majoritária no setor privado, só se opõe ao tópico da idade mínima, enquanto outras entidades defendem a queda total do projeto.

As fontes no governo, além disso, indicam que podem fazer concessões com relação ao calendário da entrada em vigor da reforma previdenciária.

O primeiro-ministro, Edouard Philippe, já havia afirmado a possibilidade de haver flexibilidade em outros pontos do texto, como a aposentadoria mínima de 1 mil euros (R$ 4,53 mil), a antecipação da aposentadoria para trabalhos com condições mais duras ou a transição para o novo sistema de pontos dos funcionários e beneficiários de regimes especiais.

Nestes últimos, estão os trabalhadores de empresas de transporte público, os mais ativos nos protestos, que na última semana paralisaram parcialmente o país, principalmente, na capital e nas grandes cidades.

O governo admite seguir as negociações durante as festas de fim de ano, desde que os sindicatos interrompam os bloqueios de rodovias, para permitir que os franceses possam realizar viagens. Nesta quarta-feira, os serviços de trens e metrô seguem suspensos.

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