Economia

Lula descarta confrontação com EUA e pede respeito à OMC

CUBATÃO, São Paulo (Reuters) - O Brasil não tem interesse em uma confrontação no âmbito comercial com os Estados Unidos, mas gostaria que o país respeitasse as decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira.   "O Brasil não tem interesse em confrontação. Temos interesse em […]

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2010 às 14h38.

CUBATÃO, São Paulo (Reuters) - O Brasil não tem interesse em uma confrontação no âmbito comercial com os Estados Unidos, mas gostaria que o país respeitasse as decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira.

"O Brasil não tem interesse em confrontação. Temos interesse em respeito às decisões da OMC. Ou obedecemos as instituições, ou o mundo vai virar uma bagunça", afirmou Lula em discurso em Cubatão (SP), durante inauguração de uma termelétrica da Petrobras.

Na segunda-feira o Brasil definiu uma lista de produtos norte-americanos que sofrerão aumento de tarifas de importação, parte de uma retaliação autorizada pela OMC após os EUA não adequarem suas políticas para o setor de algodão a decisões anteriores do órgão.

"Todos nós somos países soberanos e queremos ser respeitados. Que a OMC (também) seja respeitada", acrescentou o presidente brasileiro, que pediu ainda que técnicos dos dois governos cheguem a um entendimento para resolver a questão.

A questão comercial tomou boa parte do discurso de Lula, que também reclamou da falta de um acordo na rodada atual da OMC para liberalização do comércio global.

"Se tivessem feito acordo na Rodada de Doha não estaríamos brigando, e o povo africano estaria vendendo seu algodão para a Europa e para os EUA. Aí quem perde não é o Brasil, que tem competência (na produção de algodão). São os países africanos".

As sobretaxas brasileiras a produtos norte-americanos, que atingem desde produtos agrícolas como algodão e trigo a bens manufaturados como veículos e cosméticos, deverão entrar em vigor em 8 de abril, caso uma solução não seja alcançada entre os países.

O Brasil ainda vai divulgar outra parte da retaliação, relativa a direitos de propriedade intelectual.

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