Economia

Levy diz que agenda "triplo A" reduzirá a inflação

Agenda "triplo A", que promove ajuste fiscal, realinhamento de preços e investimento em infraestrutura, é o meio para sanar inflação e gerar empregos, diz Levy


	Joaquim Levy: ministro defende agenda que promove ajuste fiscal, realinhamento de preços e investimento em infraestrutura
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Joaquim Levy: ministro defende agenda que promove ajuste fiscal, realinhamento de preços e investimento em infraestrutura (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2015 às 15h24.

Florianópolis - Falando para uma plateia de cerca de 500 pessoas em Florianópolis, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta manhã que o sucesso do processo de ajuste e da retomada do crescimento no Brasil dependerá em grande parte do setor privado.

"Esse é um esforço que estamos fazendo e que precisa de apoio do Congresso, mas na verdade quem vai ditar o sucesso disso é o setor privado", afirmou a empresários da indústria e comércio, representantes de entidades de classe e lideranças políticas como prefeitos e deputados. "A gente sabe que para adquirir confiança tem que trabalhar um pouquinho, então o governo não vai colocar pressão no setor privado."

No pronunciamento de cerca de uma hora, Levy defendeu a política econômica adotada no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Como tem feito, ele se dedicou a explicar os três vetores da agenda atual - ajuste fiscal, realinhamento de preços e investimentos em infraestrutura, que ele chama de "triplo A". O ministro afirmou que esta agenda não só vai permitir ao País encontrar o caminho do crescimento, mas também poderá resolver questões pendentes, como a necessidade de diminuição da inflação.

Quando o País terminar a implantação da agenda "triplo A", segundo Levy, o Brasil terá uma economia "saudável", com direito a inflação convergindo para o centro da meta, espaço para ver a taxa de juros cair e a volta de geração de empregos.

"Temos certeza de que se formos entregando o que estamos fazendo (no que se refere aos ajustes), o setor privado confia no Brasil, assim como os estrangeiros", disse. "Nossa função é realmente dar aquela estabilidade, aquele quadro de tomar as decisões com conforto e segurança para vermos a volta do crescimento e do emprego."

Ele também destacou que a presidente Dilma tem feito "enorme esforço", inclusive no trabalho com o Congresso, para que o ajuste avance, e brincou que, enquanto a União e boa parte dos Estados brasileiros estão concentrados em melhorar a situação das finanças públicas, Santa Catarina é uma exceção, com uma das menores taxas de endividamento do Brasil e arrecadação de ICMS em trajetória sólida de expansão.

Depois da palestra em Florianópolis, Levy seguiu para a cidade de Joinville, no norte do Estado, para participar de um almoço com empresários. A agenda também inclui a visita do ministro e do governador, Raimundo Colombo, a algumas companhias instaladas na cidade. No fim do dia, Levy deve comparecer à missa de sétimo dia do senador Luiz Henrique da Silveira, em Joinville. De acordo com a assessoria do Ministério da Fazenda, ele volta ainda neste sábado a Brasília.

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