Economia

Leilão de energia para reduzir descontratação é iniciado

Certame visa reduzir a descontratação das distribuidoras de eletricidade do país principalmente no ano que vem


	Energia: distribuidoras precisam de entre 4 mil e 4,5 mil megawatts médios de energia para suprir a necessidade em 2015
 (Marcello Casal/Agência Brasil)

Energia: distribuidoras precisam de entre 4 mil e 4,5 mil megawatts médios de energia para suprir a necessidade em 2015 (Marcello Casal/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 09h32.

São Paulo - O leilão de energia existente A-1 foi iniciado às 10 horas desta sexta-feira em São Paulo. O certame visa reduzir a descontratação das distribuidoras de eletricidade do país principalmente no ano que vem, evitando que elas fiquem expostas aos fortes gastos com energia mais cara no curto prazo.

As distribuidoras de energia elétrica precisam de entre 4 mil e 4,5 mil megawatts médios de energia para suprir a necessidade em 2015, segundo as últimas informações divulgadas pela entidade que representa essas empresas, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

No entanto, esse volume de contratação é necessário apenas para o primeiro semestre, já que na segunda metade do ano ficam disponíveis cotas de energia de outros cerca de 4 mil megawatts médios de concessões de geração que vencem em junho.

O principal desafio dos leilões de energia de curto prazo desde o ano passado é obter geradoras interessadas em participar com a venda de energia nessas competições.

Os preços máximos definidos pelo governo federal para serem praticados nesses leilões têm ficado muito aquém das previsões de mercado para preços de energia de curto prazo.

Assim, as geradoras têm optado por obter mais ganhos com as negociações no mercado de curto prazo num momento em que a escassez de chuva para abastecer reservatórios das hidrelétricas e forte geração térmica acionada eleva as possibilidades de ganhos no curtíssimo prazo.

O leilão A-1 desta sexta-feira busca contratar energia para suprimento em dois prazos distintos, de 3 anos (1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017) e 5 anos (1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019).  

Para o produto de três anos o preço-teto de energia que poderá ser praticado no leilão é de 201 reais por megawatt-hora (MWh) para geradoras que venderem energia por quantidade, como as hidrelétricas, entre outras fontes, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Já na venda de energia na modalidade disponibilidade, o preço-teto definido para o produto de 3 anos é de 192 reais por MWh. Para o contratação por 5 anos, que ocorrerá por quantidade de energia, o preço máximo definido é de 180 reais por MWh.

A redução pela metade do patamar máximo do preço de energia de curto prazo (PLD) para 2015, aprovada pela Aneel, reduz os ganhos que as geradoras com energia disponível poderiam obter no ano que vem nas negociações no mercado de curto prazo. No entanto, a expectativa de PLD para o ano que vem ainda está alta e há dúvidas se o leilão desta sexta-feira terá sucesso.

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