Economia

Leilão de descontratação de energia arrecada R$105,9 mi

O certame teve como objetivo oferecer uma oportunidade para que empresas descontratem usinas que tiveram problemas e não conseguiram sair do papel

Energia: os participantes que descontrataram ficam impedidos de participar dos dois próximos leilões de energia de reserva (Kostas Tsironis/Bloomberg/Bloomberg)

Energia: os participantes que descontrataram ficam impedidos de participar dos dois próximos leilões de energia de reserva (Kostas Tsironis/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 20h58.

São Paulo - O inédito leilão de descontratação de energia elétrica cancelou nesta segunda-feira 183,2 MW médios, com um prêmio médio pago pelas empresas participantes de 66,02 reais por MWh em empreendimentos de usinas eólicas e solares, registrando ágio de mais de 100 por cento para usinas movidas a vento.

Em momento de fraco consumo de energia em meio à crise econômica, o certame teve como objetivo oferecer uma oportunidade para que empresas descontratem usinas que tiveram problemas e não conseguiram sair do papel nos últimos anos.

Ao todo, 25 empreendimentos de geração participaram do mecanismo que possibilitará a rescisão de contratos de 16 usinas eólicas e nove usinas solares fotovoltaicas, resultando no ressarcimento de 105,9 milhões de reais para a Conta de Energia de Reserva (Coner), afirmou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em nota.

O prêmio inicial de 33,68 reais/MWh para todas as fontes negociadas teve ágio de 116 por cento nos projetos eólicos (72,74 reais/MWh) e de 49 por cento nos projetos solares fotovoltaicos (50,27 reais/MWh).

Além do prêmio pago, os participantes que descontrataram ficam impedidos de participar dos dois próximos leilões de energia de reserva.

O certame teve duração de 8 horas e 25 minutos e, no total, foram efetuados 1.262 lances, disse a CCEE.

Não houve descontratação de projetos hidráulicos que estavam cadastrados no mecanismo por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e Centrais de Geração Hidrelétrica (CGH), segundo a Câmara.

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