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Lagarde: "problemas" da Itália obedecem à pressão do mercado

Mesmo endividada, a Itália tem um déficit primário "dos mais baixos", segundo a diretora-gerente do FMI

A ex-ministra de Finanças francesa não quis se pronunciar sobre a possível reestruturação da dívida grega (Brendan Smialowski/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h20.

Washington - A diretora-gerente do FMI, a francesa Christine Lagarde, disse nesta segunda-feira que os problemas enfrentados pela Itália obedecem "fundamentalmente" à pressão dos mercados, embora tenha reconhecido que o país precisa crescer mais.

"O crescimento italiano tem de melhorar, o que é essencial para restaurar a normalidade na Itália, além das medidas de consolidação fiscal já aprovadas" para alcançar um déficit de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, afirmou Lagarde em um encontro com um pequeno grupo de jornalistas.

"Alguns dos números italianos são excelentes", disse Lagarde, que assinalou que o déficit primário do país "é um dos mais baixos".

A máxima autoridade do FMI apontou, por outro lado, que a dívida italiana tem "características muito particulares", já que uma grande percentagem está em mãos domésticas.

Ainda assim, reconheceu que a "Itália enfrenta neste momento problemas que fundamentalmente respondem à pressão do mercado e aos quais tenho certeza que o Governo italiano e seus parceiros prestarão muita atenção".

As declarações acontecem em meio ao temor de que a crise grega contagie a terceira maior economia da zona do euro.

"Temos muita instabilidade neste momento", reconheceu Lagarde, que ressaltou que o objetivo geral do FMI é tentar ajudar a acalmar a situação.

A ex-ministra de Finanças francesa não quis se pronunciar sobre a possível reestruturação da dívida grega.

Lagarde também evitou dizer se as agências de classificação de riscos contribuem para exacerbar a desconfiança que impera nos mercados.

O titular de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, saiu nesta segunda-feira em defesa da Itália, ao afirmar que o país vai "pelo bom caminho" e que seu plano de ajuste é "muito convincente".

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Ainda assim, reconheceu que a "Itália enfrenta neste momento problemas que fundamentalmente respondem à pressão do mercado e aos quais tenho certeza que o Governo italiano e seus parceiros prestarão muita atenção".

As declarações acontecem em meio ao temor de que a crise grega contagie a terceira maior economia da zona do euro.

"Temos muita instabilidade neste momento", reconheceu Lagarde, que ressaltou que o objetivo geral do FMI é tentar ajudar a acalmar a situação.

A ex-ministra de Finanças francesa não quis se pronunciar sobre a possível reestruturação da dívida grega.

Lagarde também evitou dizer se as agências de classificação de riscos contribuem para exacerbar a desconfiança que impera nos mercados.

O titular de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, saiu nesta segunda-feira em defesa da Itália, ao afirmar que o país vai "pelo bom caminho" e que seu plano de ajuste é "muito convincente".

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