Justiça suspende licença de operação da usina de Belo Monte
Na decisão, a Corte Especial afirma que a Norte Energia precisa cumprir uma das condicionantes ambientais da hidrelétrica
Reuters
Publicado em 7 de abril de 2017 às 10h21.
Última atualização em 7 de abril de 2017 às 11h57.
São Paulo - A Justiça acatou um recurso e determinou a suspensão da licença de operação da hidrelétrica de Belo Monte , no Pará, disse em nota o Ministério Público Federal no Estado, autor do pleito.
Orçada em mais de 30 bilhões de reais, a mega usina do Xingu tem enfrentado diversas ações judiciais movidas por procuradores públicos, ambientalistas e associações contrárias ao empreendimento.
A decisão foi da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que por nove votos a favor e cinco contra entendeu que a Norte Energia, empresa responsável por Belo Monte, ainda precisa cumprir uma das condicionantes ambientais da hidrelétrica, referente a obras de saneamento básico em Altamira, de acordo com o MPF-PA.
"Pela decisão da Corte Especial do TRF1, o reservatório da usina não pode ser formado até que seja realizado o saneamento básico de toda a cidade de Altamira (Pará), conforme determinava a condicionante da licença de operação concedida pelo Ibama."
Procurada, a Norte Energia disse que "não tomou conhecimento da decisão do TRF 1" e que irá se manifestar "assim que tiver ciência ou for intimada".
Quando concluída, o que está previsto para 2019, Belo Monte será uma das maiores hidrelétricas do mundo, com cerca de 11,2 gigawatts em capacidade instalada. A usina já tem dez turbinas em operação.