Economia

Juros para família têm a menor taxa desde 1994

As taxas de juros cobradas nos empréstimos, no mês de março, caíram para as famílias e subiram para empresas

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - As taxas de juros cobradas nos empréstimos, no mês de março, caíram para as famílias e subiram para empresas, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quinta-feira (29). A taxa para as pessoas físicas passou de 41,9% ao ano em fevereiro para 41% ao ano, no mês passado, o menor patamar da série histórica do BC, iniciada em 1994.

"A retração esteve condicionada, principalmente, ao maior volume de contratações em modalidades de custo mais baixo, a exemplo do crédito pessoal e do financiamento para aquisição de veículos", revela o relatório do BC.

No caso das empresas, houve alta de 0,4 ponto percentual e passou para 26,3% ao ano.

"O resultado do mês refletiu o aumento dos custos de captação associado às expectativas relacionadas ao comportamento futuro das taxas de juros", informa o documento sobre o aumento dos juros para as empresas.

A taxa média cobrada no crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, teve redução de 1,1 ponto percentual e passou para 42,7% ao ano. No caso dos juros cobrados para a compra de veículos, a redução foi de 0,6 ponto percentual, levando a taxa para 23,5% ao ano.

Na contramão, ficou a taxa do cheque especial que apresentou alta de 0,8 ponto percentual na comparação com fevereiro e ficou em 160,3% ao ano, no mês passado.

Os dados do BC também mostram que houve ligeira redução na inadimplência. A taxa geral caiu 0,1 ponto percentual para 5,2%.

Para as pessoas físicas, a redução foi de 0,3 ponto percentual e a taxa fechou em 7%, enquanto no caso das empresas a taxa passou de 3,7%, em fevereiro, para 3,6%, em março. O BC considera como inadimplência os atrasos superiores a 90 dias.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralEmpréstimosJurosMercado financeiro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto