Economia

Juro a 25% romperia meta de inflação de 2003, diz Copom

O meio ponto adicional na taxa básica de juros, acrescentado em 22 de janeiro, fará real diferença na contenção da inflação em 2003. A conclusão é da diretoria do Banco Central e está na ata da última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa de 25% para 25,5%. "A manutenção da […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

O meio ponto adicional na taxa básica de juros, acrescentado em 22 de janeiro, fará real diferença na contenção da inflação em 2003. A conclusão é da diretoria do Banco Central e está na ata da última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa de 25% para 25,5%. "A manutenção da taxa de juros em 25,0% ao ano e da taxa de câmbio próxima do patamar que prevalecia na véspera da reunião do Copom [R$ 3,41] prevê uma inflação pouco acima da meta ajustada de [inflação pelo IPCA de] 8,5% para 2003 , informa a ata.

Além da previsível insatisfação do setor produtivo, a decisão foi criticada também por alguns especialistas, como o ex-presidente do BC Ibrahim Eris. A impressão dos críticos foi que a pequena elevação (meio ponto, depois de a taxa já ter sido elevada sete pontos no último trimestre de 2002) representou simplesmente um recado de que o novo governo agirá duramente no combate à inflação. Para esses críticos, se a ação fosse puramente técnica, levaria a uma elevação maior da taxa ou à sua manutenção. O BC tomou precauções contra essas críticas, fazendo constar na ata que que a ação resultou de exercícios de simulação com diversas especificações do modelo estrutural . A decisão de elevar a taxa em meio ponto foi unânime.

A ata lista indicadores da indústria, do comércio e do sistema financeiro considerados satisfatórios elevação das exportações, da produção industrial e da captação dos fundos, estabilidade do consumo interno, do varejo e da confiança do consumidor, e queda de inadimplência e da percepção de risco. Além disso, prevê desaceleração da inflação no início de 2003. As expectativas das cinco maiores instutições financeiras havia recuado de um IPCA de 13,49% para 10,23% na semana anterior à reunião do Copom.

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