Jucá reitera que haverá MP para ajustar pontos da reforma
O líder do governo no Senado evitou responder sobre as declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que não iria votar uma MP
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de julho de 2017 às 20h26.
Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reiterou o compromisso do governo de editar a Medida Provisória para ajustar pontos da reforma trabalhista sancionada nesta quinta-feira, 13, pelo presidente Michel Temer e reafirmou que o retorno da contribuição sindical obrigatória não foi acordada com os senadores e não faz parte da minuta que foi entregue hoje aos parlamentares.
"Vamos construir coletivamente a melhoria do texto que veio da Câmara dos Deputados. É um trabalho de aprimoramento, não está se anulando nenhuma posição da Câmara dos Deputados", disse Jucá, após evento no Palácio do Planalto.
"Não há nenhum acordo para colocar a contribuição sindical, eu não fiz esse acordo, não tenho texto sobre isso e o Senado se manifestou para não incluir isso na Medida Provisória. Portanto, não está na minha área esse tipo de discussão", afirmou.
Jucá disse que encaminhou a vários parlamentares a minuta da MP e também ao relator da matéria na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN), para que a MP seja debatida e não há pressa já que há o prazo de 120 dias para a reforma entrar em vigor.
"Essa lei que nós aprovamos hoje só vale daqui a 120 dias. Para ter uma MP que modifique a lei, ela tem que ocorrer antes de 119 dias, ou seja, temos um prazo razoável", completou.
O líder do governo no Senado evitou responder sobre as declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que não iria votar uma MP que não teve acordo com a Câmara e afirmou ainda que também enviou a Maia uma cópia da minuta.
"Maia vai discutir quando chegar lá. Mandei também para ele", disse.