Economia

Jornal critica negócios da Petrobras com Irã

A Petrobras faz parte da lista de empresas que receberam benefícios do governo americano e ainda investem no Irã. A informação foi incluída numa reportagem publicada ontem no jornal The New York Times. Anteriormente, a companhia brasileira já havia sido alvo de críticas de deputados americanos do lobby anti-Irã nos EUA. “O governo federal concedeu […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

A Petrobras faz parte da lista de empresas que receberam benefícios do governo americano e ainda investem no Irã. A informação foi incluída numa reportagem publicada ontem no jornal The New York Times. Anteriormente, a companhia brasileira já havia sido alvo de críticas de deputados americanos do lobby anti-Irã nos EUA. “O governo federal concedeu mais de US$ 107 bilhões em pagamentos e outros benefícios na última década para companhias estrangeiras e multinacionais americanas enquanto elas continuavam realizando negócios com o Irã, apesar dos esforços de Washington para desencorajar investimentos naquele país”, informa o jornal.

No meio da reportagem, o jornal diz que “entre as companhias na lista que o Congresso enviou ao Departamento de Estado está a Petrobras, que no ano passado recebeu US$ 2 bilhões em empréstimos para explorar uma reserva de petróleo na costa do Rio de Janeiro. Os empréstimos são um bom exemplo dos interesses que as autoridades terão de lidar no que diz respeito à lei de sanções ao Irã”.

O banco que realizou o empréstimo (Export-Import Bank), questionado pelo jornal, disse ter recebido uma carta da Petrobras afirmando ter interrompido os seus trabalhos no Irã. Um documento similar aparece no site do lobby anti-Irã dos EUA.

O New York Times acrescenta que, no passado, a Petrobras teria investido cerca de US$ 100 milhões em prospecção de petróleo para o Irã no Golfo Pérsico. O jornal questionou a Casa Branca sobre o episódio e diz ter recebido “um e-mail, no dia 13 de novembro, de um membro do governo, afirmando que, embora a administração faça advertências sobre estes investimentos, o Brasil é um importante parceiro comercial dos EUA”.

A reportagem também questiona a recente aproximação do governo brasileiro com Teerã. Ela cita a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil no ano passado - que irritou Washington - e o fato de autoridades iranianas terem dito que esperam mais investimentos da Petrobras no país.

Segundo o New York Times, os “escritórios da Petrobras em Teerã ainda estão abertos”. “Diogo Almeida, que atua como adido de negócios da Embaixada do Brasil em Teerã, afirma que a Petrobras tem analisado o quanto pode investir no país diante da imensa descoberta de petróleo no Rio de Janeiro. Funcionários da companhia estão em discussões ativas com o governo iraniano em busca de novos negócios”, completa o jornal.

Os EUA tentarão aprovar nas próximas semanas uma resolução com novas sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU. Segundo os americanos, a França e a Inglaterra, o Irã tenta desenvolver armas nucleares. O regime de Teerã nega e diz que os fins de seu programa são pacíficos. O Brasil afirma que, por enquanto, não apoia novas sanções. Lula visitará o Irã em maio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasComércioComércio exteriorEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame