Economia

Joaquim Levy conversou com Guedes sobre demissão após crítica de Bolsonaro

Conversa ocorreu no início da manhã deste domingo. Diálogo foi cordial e "houve muita concordância", segundo uma fonte

Levy: presidente do BNDES pediu desligamento do BNDES após críticas de Bolsonaro (Ueslei Marcelino/Reuters)

Levy: presidente do BNDES pediu desligamento do BNDES após críticas de Bolsonaro (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de junho de 2019 às 10h38.

Rio de Janeiro - O ministro da Economia, Paulo Guedes, conversou neste domingo, 16, com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, sobre o pedido de desligamento do executivo do banco de fomento.

A conversa entre Levy e Guedes ocorreu no início da manhã deste domingo. O diálogo foi cordial e "houve muita concordância", segundo uma fonte.

Levy entregou seu pedido de demissão do cargo ao ministro após ser alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro ontem (15), em função da nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do banco de fomento.

No sábado, Bolsonaro declarou que Levy estava "com a cabeça a prêmio há algum tempo".

"Levy nomeou Marcos Pinto para função no BNDES. Já estou por aqui com o Levy", disse o presidente neste sábado. "Falei para ele: (Levy) demite esse cara na segunda ou eu demito você (Levy) sem passar pelo Guedes (ministro da Economia)", afirmou ontem o presidente.

Barbosa Pinto trabalhou como assessor do BNDES durante o governo PT, de 2005 a 2007, o que irritou Bolsonaro. No entanto, o próprio Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff.

Em nota distribuída à imprensa na manhã deste domingo, Levy confirmou que entregou seu pedido de desligamento do BNDES ao ministro da Economia. No comunicado, ele deseja a Guedes "sucesso nas reformas".

Acompanhe tudo sobre:BNDESDemissõesJair BolsonaroJoaquim LevyPaulo Guedes

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor