O ministro das Finanças, Taro Aso, afirmou que adiar o aumento iria contra os compromissos assumidos pelo Japão perante o G20 (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 07h43.
Tóquio - O Japão precisa elevar seu imposto sobre vendas no próximo ano como previsto para mostrar seriedade sobre o objetivo de ajustar suas finanças, afirmou nesta terça-feira o ministro das Finanças, depois de o governo melhorar sua avaliação da economia e dizer que a deflação está perdendo força.
A alíquota do imposto sobre vendas vai subir de 5 por cento para 8 por cento em abril de 2014, e então avançará para 10 por cento em outubro de 2015. O primeiro-ministro, Shinzo Abe, afirmou que decidirá ainda neste ano se avançará com o aumento, citando preocupações de que isso poderia enfraquecer a economia.
O ministro das Finanças, Taro Aso, afirmou que adiar o aumento iria contra os compromissos assumidos pelo Japão perante o G20 --grupo das principais economias do mundo-- de que irá ajustar suas finanças, acrescentando que o governo pode adotar medidas para mitigar qualquer impacto econômico.
"Precisamos avaliar um orçamento extra. É melhor moderar as flutuações econômicas (do aumento do imposto)", disse Aso em entrevista à imprensa após reunião do gabinete.
Mais cedo, o governo melhorou sua avaliação da economia pelo terceiro mês seguido, dizendo que a deflação está perdendo força e o crescimento acelerando devido a fortes estímulos fiscais monetários.
Ainda assim, muito trabalho precisa ser feito para reparar as finanças públicas.
A dívida pública do Japão é a maior entre os países industrializados, sendo mais de duas o vezes o tamanho de sua economia de 500 trilhões de ienes (5 trilhões de dólares), e o aumento do imposto sobre vendas é considerado um teste para o compromisso do governo de realizar reformas.