Economia

Izabella Teixeira critica exploração de gás de xisto

Izabella ressaltou que os países interessados na exploração precisam conhecer as técnicas disponíveis


	Usina de extração de xisto: até agora, o Brasil se prepara para fazer apenas uma pesquisa exploratória, e não uma exploração comercial dessa fonte de energia
 (Andrew Burton/AFP)

Usina de extração de xisto: até agora, o Brasil se prepara para fazer apenas uma pesquisa exploratória, e não uma exploração comercial dessa fonte de energia (Andrew Burton/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h40.

Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, criticou hoje (5) a exploração de gás de xisto como estratégia para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa.

“Eu acho isso [exploração de gás de xisto para essa finalidade] insuficiente", disse a ministra. "De fato, não está dando grande mudança e, por outro lado, trabalha-se com tecnologias que podem implicar danos ambientais muito graves”, acrescentou.

Izabella ressaltou que os países interessados precisam conhecer as técnicas disponíveis e que não é tradição brasileira adotar a tecnologia de fraturamento de rochas, necessária nesse tipo de atividade.

“Continuo trabalhado para que possamos ampliar a matriz energética brasileira, do ponto de vista renovável", ressaltou a ministra.

Ela alertou que é preciso evitar situações em que o Brasil seja exposto, em função de tecnologias não adequadas ambientalmente, à contaminação de lençóis freáticos, mas 'não é isso que está na mesa”.

Até agora, o Brasil se prepara para fazer apenas uma pesquisa exploratória, e não uma exploração comercial dessa fonte de energia, disse.

Ontem (6) a ministra reuniu-se com representantes do Instituto Brasileiro de Petróleo e de todas as empresas envolvidas na pesquisa.

Segundo ela, está sendo criado no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) um grupo de especialistas para colocar à disposição caminhos de capacitação, qualificação e acesso à informação.

O grupo também será responsável pela preparação dos ritos de tramitação de licenciamento ambiental que serão usados no caso de o Brasil, em algum momento, optar pela exploração comercial do gás de xisto.

Acompanhe tudo sobre:Gás de xistoMeio ambienteMinistério do Meio Ambiente

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor