Economia

Itaú Unibanco reduz para 7% previsão para Selic no fim do ano

O banco afirma que uma economia em recuperação e a inflação baixa amparam a intenção do Copom de desacelerar a velocidade de queda dos juros

Itaú: "Mudamos nossa estimativa para o fim do ano para 7,0%, de 7,25% anteriormente", avalia nota (ITACI/Divulgação)

Itaú: "Mudamos nossa estimativa para o fim do ano para 7,0%, de 7,25% anteriormente", avalia nota (ITACI/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 10h51.

Última atualização em 8 de setembro de 2017 às 11h19.

São Paulo - O Itaú Unibanco alterou sua projeção para a taxa Selic, de 7,25% para 7,00%, no fim deste ano. Com base no comunicado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (6), quando cortou o juro em um ponto porcentual para 8,25% ao ano, a instituição ressalta que "provavelmente" o Banco Central (BC) diminuirá o ritmo de redução da Selic para 0,75 ponto porcentual, levando a taxa para 7,50% em outubro.

Depois disso, segundo o Itaú, o Copom faria outro corte, de 0,50 ponto, com a Selic chegando a 7,0%, em um final gradual do ciclo. "Mudamos nossa estimativa para o fim do ano para 7,0%, de 7,25% anteriormente", avalia nota assinada pelo economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita.

No relatório, o banco afirma que uma economia em recuperação e a inflação baixa amparam a intenção do Copom de desacelerar a velocidade de queda dos juros e eventualmente finalizar o ciclo de recuo da Selic.

No relatório, o Itaú destaca que o Copom, no comunicado após a decisão deste mês, avalia que os dados divulgados desde a última reunião de política monetária (julho) são consistentes com uma recuperação econômica gradual - "indicando que, para o Copom, a economia já está se estabilizando". Porém, o Itaú Unibanco ressalta que o documento não menciona que o aumento da incerteza em relação às reformas fiscais pode ter implicações desfavoráveis sobre a atividade.

O banco ainda cita, dentre outros fatores, o quadro de alívio na inflação mencionado pelo Copom. "O Comitê avalia que a evolução da inflação permanece bastante favorável, mas já não fala de desinflação", cita.

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