Irã anuncia descoberta de campo de petróleo com 50 bilhões de barris
Nova reserva é anunciada em meio a crise econômica causada por sanções impostas ao país pelos Estados Unidos
EFE
Publicado em 10 de novembro de 2019 às 18h03.
Teerã, 10 nov (EFE).- O presidente do Irã , Hassan Rohani, anunciou neste domingo (10) a descoberta de "um novo grande campo petrolífero " no sudoeste do país, com reservas de 53 bilhões de barris de petróleo.
O campo fica na província do Khuzistão e tem 2,4 mil quilômetros quadrados de área e 80 metros de profundidade, segundo um comunicado divulgado na página da presidência do país.
Em discurso para centenas de pessoas na cidade de Yazd, no sul do país, Rohani afirmou que o campo alcança desde a cidade de Bostan à de Omidieh.
"Os Estados Unidos devem saber que o Irã é um país rico e, apesar das sanções cruéis, os trabalhadores e engenheiros iranianos descobriram um novo campo petrolífero", anunciou, além de provocar o governo americano.
Os EUA voltaram a impor sanções ao Irã no ano passado, incluindo ao setor petroleiro, após deixarem de modo unilateral o acordo nuclear firmado em 2015 entre o pais persa e outras cinco potências.
As exportações de petróleo do Irã chegaram a 2,5 milhões de barris diários antes das sanções, mas atualmente são muito menores, embora não se saiba oficialmente em qual escala.
Devido à dependência de petróleo, que as autoridades iranianas trabalham para diminuir, as sanções abalaram seriamente a economia do país, cujo PIB, segundo o Fundo Monetário Internacional, encolherá neste ano 9,5%.
Rohani tentou, entretanto, enviar uma mensagem otimista e ressaltou que "as cifras econômicas indicam que as condições estão melhorando desde abril, apesar das crescentes pressões dos inimigos".
"No ano passado, o povo do Irã estava em condições difíceis devido às pressões econômicas dos inimigos, mas sua resistência, união e esforço decepcionaram os EUA", declarou.
O Irã possui uma das maiores reservas de hidrocarbonetos do mundo, tanto de petróleo como de gás, mas as sanções e a falta de investimentos estrangeiros dificultam o pleno desenvolvimento do setor. EFE